Apesar do aumento de produção os bananicultores da Madeira têm muitas queixas
Tomada de posse da nova Mesa da Banana da Associação de Agricultores da Madeira marcada por reclamações
O sector da Banana da Madeira está em franco crescimento, tendo o ano passado fechado com 20,3 mil toneladas de produção e este ano deverá atingir novo patamar, para as 22 mil toneladas (os primeiros quatro meses já com quase 4,4 mil toneladas). Com este aumento de produção, o valor do subsídio tem necessariamente de baixar, pelo que a opção que o Governo Regional tem optado sempre é compensar a perda do dinheiro europeu com pagamento pela actual empresa gestora do sector, a GESBA. No ano passado, dos 12 milhões pagos pela UE, a empresa pública também meteu 8 milhões, sobretudo pagando a tempo e horas, enquanto não vinha o dinheiro de Bruxelas.
Estas matérias, entre outras em termos de organização do sector, foram ao início da tarde de hoje referidos pelo secretário regional da Agricultura e Pescas, Humberto Vasconcelos, na eleição e tomada de posse da nova Mesa da Banana, criada pela Associação de Agricultores da Madeira (AAM), para ouvir, fazer chegar a informação e ajudar os mais de 1.350 bananicultores da Madeira (dados de 2016), actualmente quase o dobro do que os que havia em 2008 (709). E a verdade é que as queixas são muitas e os poucos, cerca de uma dezena que marcou presença na sede da AAM à Rua da Cooperativa Agrícola da Madeira, não faltou quem quisesse dar conta da sua insatisfação.
Fosse maior ou menor, fosse por falta de preparação de quem recolhe a banana ou de atenção das equipas que coordenam a GESBA, pela localização dos centros de recolha (actualmente são dois bem apetrechados em São Martinho e na Ponta do Sol e um mais pequeno na Madalena do Mar), a verdade é que não faltou debate numa sessão que deveria ser apenas de eleição e tomada de posse.
A nova equipa da Mesa - a primeira de 12 mesas temáticas que a AAM cria para estar mais próxima dos agricultores - é composta por João Lourenço (presidente) e João Carlos Silva e Marco António de Jesus (vogais), sendo certo que estatutariamente é assim, mas efectivamente terá representantes em todos os concelhos.