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Francisco Lobo Faria diz que foi um “desafio” ser ‘O Feiticeiro da Calheta’

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Francisco Lobo Faria foi o actor que deu vida ao ‘Feiticeiro da Calheta’, tendo dito que esta interpretação foi um grande “desafio”. Esta tarde, na apresentação do trabalho cinematográfico, no Design Centre Nini Andrade, artista afirmou que acabou por sentir uma “grande admiração” por esta personagem devido à sua história, porque “é um homem que nasce num contexto de isolamento cultural e conseguiu construir uma dinâmica e uma capacidade de implicação com o mundo que foram notáveis e que fazem com que ele possa ser hoje um motivo para um filme”.

“É difícil descrever este homem, mas o que eu mais admiro nele é o seu empreededorimo atípico que está muito próximo da necessidade de sobrevivência do dia-a-dia e a forma como consegue transpor para aquilo que escreve a agonia e a felicidade de ser um pobre numa zona rural”, referiu.

Francisco Lobo Faria disse ainda que esta é uma personagem com um grande sentido de humor, cujas metáforas que usa com frequência serão alguns dos pontos fortes do filme, cujas imagens passaram na tela ‘improvisada’ que estava montada, no Design Centre Nini Andrade.

Porque todos os actores têm de fazer o ‘trabalho de casa’, ou seja, estudar a personagem, revelou que depois de ler o que ‘O Feiticeiro’ escreveu tentou “chegar à forma dele falar” e contactar de perto com algumas pessoas que o tivessem conhecido.

“A realidade é que é muito exigente tentar replicar a imagem e, por isso, não o fiz, tendo realizado uma interpretação minha daquilo que foi este feiticeiro, com as achegas possíveis de quem soube-me orientar”, frisou, acrescentando que foi uma grande responsabilidade dar vida a esta personagem.

Apesar de ter sido um trabalho difícil, acredita que superou a prova com sucesso e que as pessoas irão gostar de ver na tela ‘O Feiticeiro da Calheta’, tendo aproveitado para elogiar o produtor e realizador madeirense, Luís Miguel Jardim que, por sua vez, voltou a frisar a vontade de levar o filme ao continente e aos países, onde existem muitos madeirenses radicados.