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Filme em que Virgem Maria conta histórias de um hostel vence Arouca Film Festival

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O realizador espanhol Gonzaga Manso venceu, domingo à noite, a 15.ª edição do Arouca Film Festival com a curta-metragem ‘Hostal Éden’, sobre um hostel modesto em que uma estátua da Virgem Maria narra histórias dos respectivos hóspedes.

O certame organizado pelo Cineclube de Arouca teve em competição 61 filmes de 11 países, seleccionados entre mais de 600 candidaturas de várias nacionalidades, e “Hostal Éden” ganhou também o prémio de Melhor Fotografia, pelo que acumula assim dois novos galardões numa já extensa lista de distinções em festivais internacionais

“É uma obra de elevada qualidade”, declarou hoje à Lusa o director do Arouca Film Festival, João Rita. “Tem uma forte componente visual e criativa, e marca o crescimento do próprio festival a nível internacional”, acrescenta.

Cátia Camisão, que também integra a direcção do evento, realça, aliás, que o estilo cinematográfico do vencedor da Lousa de Ouro reflecte o espírito de “inovação e criatividade” em que o certame assenta a sua intervenção, ao procurar “apoiar e premiar novos projectos e produções independentes”.

Entre os restantes vencedores do Arouca FIlm Festival destaca-se ainda “Backstory”, de Joschka Laukeninks (Alemanha), que, além de ter merecido a Lousa de Prata, ganhou também os prémios de Melhor Filme de Ficção e Melhor Realização.

‘Du sollts nicht lügen’, de Sascha Zimmermann (Grécia), venceu a categoria de Melhor Argumento e “149th and grand concourse”, de Andy London (Estados Unidos), distinguiu-se na de Melhor Documentário.

Outros premiados: ‘Mountain’ de Júlio Dantas (Portugal), pelo Melhor Videoclip, para a banda The Sunflowers; ‘Vicious Cycle’ de Michael Marczewski (Reino Unido), como Melhor Filme de Animação; ‘The Silent Mob’ de Harvan Agustriansyah (Indonésia), pela Melhor Representação; e ‘Intervalo’ de Eduardo Maia, Mariana Vilhena & Pedro Gomes (Portugal), pelo Melhor Filme Experimental.

A nível técnico, o vencedor foi ‘Urban Audio Spectrum’, de Marina Schnider (Alemanha), por apresentar a Melhor Edição entre as obras a concurso e, quanto ao Prémio do Público, foi atribuído por voto dos espectadores ao filme português ‘A paixão do operário’, de João Morais Inácio.