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Levantadas restrições ao abastecimento no aeroporto de Lisboa

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As restrições ao abastecimento de aviões no aeroporto de Lisboa, em vigor desde segunda-feira, foram hoje levantadas, disse à Lusa fonte oficial da ANA -- Aeroportos de Portugal.

“Considerando o nível de descargas e o aumento de ‘stock’ de combustível no Aeroporto Humberto Delgado, foram levantadas, hoje às 9 horas, as restrições ao abastecimento de aeronaves”, afirmou a fonte.

A ANA “continuará, em conjunto com o Governo, empresas petrolíferas, companhias aéreas e ‘handlers’ [empresas de assistência], a acompanhar e a avaliar de perto a situação”, acrescentou.

Na segunda-feira, a ANA tinha afirmado que o ritmo de abastecimento no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, era “insuficiente, em níveis bastante abaixo do estipulado para serviços mínimos”, provocando “restrições à operação”, devido à greve dos motoristas.

Na altura, a gestora dos aeroportos disse que o ritmo de abastecimento “insuficiente” verificado tinha levado à implementação de restrições à operação, “nomeadamente na redução de abastecimento de aeronaves”, que agora cessaram.

A greve dos motoristas de matérias perigosas cumpre hoje o quinto dia, com menos profissionais em protesto, depois de um dos dois sindicatos que convocara a paralisação a ter desconvocado.

A decisão do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) surgiu perto das 23 horas, na sequência de uma reunião no Ministério das Infraestruturas, gabinete onde se encontravam também dirigentes da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).

Esta posição do SIMM deixou o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) sozinho no protesto, depois de esta estrutura sindical ter pedido na quinta-feira a mediação do Governo para chegar a um entendimento com a Antram.

O Governo começou por anunciar que iria nomear um mediador para tentar terminar o conflito, mas, horas depois, disse que o processo de mediação não era viável.

A Antram, por seu turno, reiterou na quinta-feira que, se os sindicatos desconvocarem a greve, aceita reunir-se com aquelas estruturas.

A greve fora convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objectivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

Na segunda-feira, ao final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, alegando incumprimento dos serviços mínimos.