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D. Tolentino Mendonça apela à “conversão ecológica” no Dia Mundial da Paz

O cardeal madeirense presidiu à celebração de 1 de Janeiro na capela do Rato, em Lisboa, da qual já foi responsável.
O cardeal madeirense presidiu à celebração de 1 de Janeiro na capela do Rato, em Lisboa, da qual já foi responsável.

Hoje, na celebração de 1 de Janeiro na capela do Rato, em Lisboa, o cardeal D. José Tolentino Mendonça apelou à “conversão ecológica” e à “consciência” de “que o mundo não é uma coisa que se usa e deita fora”, fazendo eco da mensagem do papa Francisco para o 53.º Dia Mundial da Paz, que se assinala no primeiro dia do ano.

“Precisamos de ter uma relação ética” com a criação, vincou o bibliotecário e arquivista da Santa Sé, enumerando uma série de exemplos -- desde a separação do lixo doméstico, às compras que se fazem, passando por uma luz que se apaga ou um plástico que se renuncia -- que “parecem coisas de nada, mas é a nossa parte”, “aquilo que só cada um pode fazer”.

O anterior responsável pela capela do Rato mostrou-se convicto de que é “a multiplicação de pequenos gestos responsáveis” que “cria uma cultura diferente”, mas tal implica uma “transformação [pessoal] que é necessário acontecer”, para contrariar uma relação do ser humano com a “casa comum” que muitas vezes “não é iluminada pelo amor”.

Na celebração da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, o primeiro director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura comentou também os dois outros elementos centrais da mensagem de Francisco, o diálogo e a reconciliação.

“É preciso refazer os laços da comunhão, e isso só acontece com o desejo de reconciliação”, dado que “a vida não se resolve com escapismos, mas com perdão, aceitação, superação, integração”, sublinhou.

Para o cardeal Tolentino, o diálogo, mais do que “debater ideias”, passa por comunicar “a sede de verdade que existe no coração humano”; se assim não for, reduz-se a “um entretém, um palreiro, e não é o acontecer de um encontro”.

Ao comentar a necessidade de pacificação mencionada pelo papa no título da mensagem, o prelado observou que “é preciso refazer os laços da comunhão, e isso só acontece com o desejo de reconciliação”, dado que “a vida não se resolve com escapismos, mas com perdão, aceitação, superação, integração”.