DNOTICIAS.PT
Artigos

Escolhas políticas

Portugal é um membro activo e comprometido da União Europeia, desde 1986, quando aderiu à então Comunidade Económica Europeia.

Portugal está representado nas principais instituições da União Europeia - Parlamento Europeu, Conselho da União Europeia e Comissão Europeia. Os políticos portugueses ocupam cargos nessas instituições e participam activamente nas decisões políticas que afectam a União Europeia como um todo.

Defendem, também, interesses nacionais nas negociações e tomadas de decisão na União Europeia. Isso inclui a defesa dos interesses económicos, sociais, ambientais e de segurança do país.

Portugal tem beneficiado de fundos e programas europeus (Fundos Estruturais e de Coesão), que têm contribuído para o desenvolvimento regional, a modernização das infraestruturas e a promoção do emprego e do crescimento económico no país.

O país participa em várias iniciativas de cooperação europeia, incluindo a cooperação policial e judicial, a política externa e de segurança comum, a política agrícola comum e a política de coesão, missões de paz e de ajuda humanitária e na definição e desenvolvimento de políticas europeias em várias áreas, como agricultura, pescas, ambiente, energia, transportes, justiça e educação.

O papel de Portugal (como o dos outros países membros), na União Europeia, é influenciado pelas suas prioridades nacionais, pela sua visão do projeto europeu e pelas dinâmicas e negociações entre os Estados-Membros.

Tendo isso em conta, as eleições para o Parlamento Europeu deveriam preocupar mais os portugueses. São, habitualmente, as eleições menos participadas em Portugal.

As crises e os conflitos actuais, as perspectivas económicas e a desigualdade social deveriam ser temas centrais nas campanhas eleitorais para as eleições europeias.

Questões ambientais e de sustentabilidade. Situações de guerra na Europa e as ameaças que se perspectivam, tornam fundamental acompanhar as dinâmicas políticas actuais e antecipar as do futuro próximo.

A situação no Médio Oriente, incluindo o conflito entre Israel e a Palestina, assim como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, devem ter impacto nas eleições para o Parlamento Europeu (instabilidade na região do Médio Oriente e na Europa Oriental). O crescimento dos partidos extremistas (de direita e de esquerda) e dos populismos, é uma realidade preocupante. O debate sobre política externa da União Europeia, é fundamental.

As próximas eleições nos Estados Unidos, embora ocorrendo em contextos políticos distintos, terão um impacto significativo ao nível global, incluindo na Europa. Vão, certamente, influenciar as relações transatlânticas, a política externa, a economia global e a cooperação em questões como comércio, segurança e meio ambiente. Podem moldar as prioridades e as perspetivas dos governos e dos eleitores europeus.

Enquanto isto, em Portugal, a discussão centra-se nos nomes escolhidos, pelos diversos partidos, para cabeças de lista!

Obviamente que a escolha dos cabeças de lista para eleições europeias pode envolver diversos critérios, que variam de acordo com o partido político e suas estratégias: representatividade (das diversas correntes políticas dentro dos partidos), experiência e conhecimento, visibilidade e carisma, coerência ideológica, renovação política, representação regional são apenas alguns dos critérios que podem ser levados em consideração na escolha das cabeças de lista para eleições europeias.

No entanto, mais importante do que tudo isso, para os eleitores, deveria ser o conhecimento e a discussão de qual a visão que os partidos políticos têm da União Europeia e quais os projectos e princípios que pretendem defender, durante o próximo mandato.