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Assembleia da República manifesta pesar pela morte do artista Fernando Lemos

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A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo PS pela morte do fotógrafo, artista plástico e designer gráfico Fernando Lemos, aos 93 anos, no Brasil.

O voto recorda o percurso de vida de José Fernandes de Lemos, conhecido como Fernando Lemos: nascido em Lisboa a 03 de maio de 1926, fixou residência no Brasil em 1953, onde também adquiriu nacionalidade brasileira.

“Grande humanista luso-brasileiro, um dos maiores nomes do Surrealismo português, pertenceu à terceira geração de artistas modernistas portugueses, dedicando-se à pintura, desenho, fotografia e ao design gráfico, como também à escrita e ao ensino”, destaca o texto dos socialistas.

O voto recorda ainda que se realizou, em 1994, uma retrospetiva da sua obra fotográfica no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e, há poucos meses, uma última grande exposição na Cordoaria Nacional, dedicada exclusivamente ao design gráfico.

Em 2018, foi-lhe atribuído o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a que se associam inúmeras distinções, prémios nacionais e internacionais.

“A Assembleia da República presta a devida homenagem a Fernando Lemos, manifestando o seu mais profundo pesar pelo seu desaparecimento e apresenta à família as suas condolências”, refere o texto.

Referência da cultura portuguesa e brasileira, Fernando Lemos era sobretudo reconhecido em Portugal pela fotografia de inspiração surrealista, realizada entre 1949 e 1952, e, no Brasil, pelas suas pinturas e desenhos abstratos.

Fernando Lemos foi também professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade de S. Paulo, e presidente da primeira Associação Brasileira de Design Industrial.