Rivais do Sudão do Sul acordam formar governo até final de Fevereiro
Os líderes rivais do Sudão do Sul concordaram em formar um governo de coligação até ao final de fevereiro, de acordo com um enviado especial sul-africano.
O Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o líder da oposição, Riek Machar, concordaram igualmente ao longo das últimas conversações esta semana que as questões-chave pendentes ao abrigo do acordo de paz do país assinado em 2018 seriam arbitradas no prazo de 90 dias após a formação do novo governo, revelou hoje o vice-presidente sul-africano David Mabuza, citado pela agência Associated Press.
Os Estados Unidos e outros países e entidades têm vindo a pressionar os líderes rivais do Sudão do Sul a cumprirem o prazo de 22 de fevereiro, ultrapassado que foi um prazo anterior estabelecido para novembro último.
A guerra civil de cinco anos no país, que irrompeu dois anos apenas depois de o Sul do Sudão se ter tornado independente do Sudão, matou já quase 400.000 pessoas e deslocou milhões.
As questões-chave que permanecem por resolver incluem o número de estados que o Sudão do Sul deverá ter. De acordo com Mabuza, a questão será submetida a outros signatários do acordo de paz.
Algumas questões de segurança encontram-se igualmente pendentes, mas há progressos, segundo Mabuza. Generais militares dos vizinhos Uganda e Sudão estão a liderar o processo de treino e triagem do exército nacional, que irá integrar milhares de antigos membros armados da oposição.
“É verdade que não cobrimos tudo o que deveria ser coberto, mas há um compromisso de que as coisas vão correr bem”, disse Mabuza.
Cinco enviados especiais do Sudão, Uganda, Quénia, África do Sul e da Comunidade da África Oriental participaram nas reuniões.