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Polícia impede estudantes venezuelanos da principal universidade pública de se manifestarem

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Efetivos da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) impediram hoje centenas de estudantes, da Universidade Central da Venezuela (UCV), de se manifestarem nas ruas de Caracas, para assinalar o Dia do Estudante Universitário e denunciar as precárias condições académicas.

Os estudantes concentraram-se na praça Las Tres Gracias, da UCV, e tentaram chegar à saída da universidade, mas depararam com um cordão policial que os impediu de marchar até ao Ministério de Educação, como pretendiam.

Vários dirigentes estudantis tentaram, sem sucesso, mediar com a polícia, que depois atacou os estudantes com granadas de gás lacrimogéneo, de que resultou pelo menos um ferido.

Os estudantes realizaram várias assembleias no interior da UCV, em que denunciaram as bolsas de estudos que recebem como sendo inferiores ao preço de uma passagem de autocarro, falta de orçamento e falta de uma cantina universitária.

Nessas assembleias, os estudantes acusaram o regime do Presidente Nicolás Maduro de “asfixiar” as universidades e o ministro de Educação Universitária, Hugbel Roa, de ser “uma marioneta do regime” e de “não se interessar pelas casas de estudo do país”.

“Na UCV continuaremos em pé de luta”, disse o secretário adjunto da Federação de Centros Universitários, Daniel Hans Cote, aos jornalistas.