Madeira

Taxa de abandono precoce de educação na Madeira atinge 13,7% e aproxima-se da média nacional

Diminuição de 4,1 pontos percentuais em 2019 face a 2018 e menos 14,3 pontos percentuais face a 2013

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Na Região Autónoma da Madeira (RAM), a taxa de abandono precoce de educação e formação de 2019 (expressa em média móvel de 3 anos) fixou-se em 13,7%, registando uma redução de 4,1 pontos percentuais (p.p) face ao ano precedente, informou hoje a Direcção Regional de Estatística (DREM).

Esta variável tem diminuído continuamente desde 2013, ano no qual atingia 28,0%, sendo que em seis anos decresceu 14,3 p.p..

Não obstante a taxa de abandono precoce regional ser superior à nacional, observa-se uma convergência dos valores: enquanto em 2013, essa discrepância era de 7,2 p.p., em 2019 não ultrapassava os 2,1 p.p..

De notar que, em 2019, tal como nos seis anos anteriores, a taxa em questão é maior para os homens (17,5%) do que para as mulheres (9,7%). No entanto, a aproximação entre as duas taxas ao longo do período em análise é evidente, com o diferencial a passar de 16,5 p.p. em 2013 para 7,8 p.p. em 2019.

Aprendizagem ao longo da vida aumenta

Em 2019, a taxa de aprendizagem ao longo da vida fixou-se em 8,9%, menos 0,5 p.p. que em 2018, sendo mais expressiva nas mulheres (9,0%) do que nos homens (8,8%).

Esta taxa registou um aumento de 1,4 p.p. em oito anos, passando de 7,5% em 2011 para 8,9% em 2019.

A RAM apresentava, em 2019, uma taxa inferior à nacional (10,5%), mas a análise da série disponível mostra também para esta variável uma convergência de valores, com o diferencial entre a taxa nacional e regional a passar de 4,0 p.p. em 2011 para 1.6 p.p. em 2019.

Cada vez mais licenciados

Por sua vez, a taxa de escolaridade do nível de ensino superior da população residente na RAM com idade entre 30 e 34 anos (média móvel de 3 anos) fixava-se em 32,1% em 2019 (37,5% nas mulheres e 26,8% nos homens).

Apesar desta percentagem ser ainda inferior à média nacional (34,4%), constitui o valor mais alto desde 2013 (1.º ano da série).

O que é a média móvel

À semelhança do INE, que divulgou recentemente um conjunto de informação relativo ao domínio da Educação, resultante do Inquérito ao Emprego, a DREM antecipa a publicação de três indicadores para a Região, que habitualmente são integrados no capítulo IV – Outros Indicadores da Série Retrospetiva das Estatísticas da Educação, cuja edição está prevista para 30 de junho.

Para dois destes indicadores, foi necessário aplicar o método das médias móveis. Por exemplo, o valor de 2019, corresponde à média dos anos 2019, 2018 e 2017. O recurso a esta técnica permite ultrapassar eventuais problemas de qualidade que resultam da baixa frequência do fenómeno ou de coeficientes de variação (rácio do desvio-padrão pela média) elevados, e que inviabilizam a divulgação de parte de informação pelo INE, no seu portal.

Para permitir a publicação de dois dos indicadores em causa (taxa de abandono precoce de educação e formação e a taxa de escolaridade do nível de ensino superior da população residente na RAM com idade entre 30 e 34 anos), a DREM recorre ao referido método, sendo que para efeitos de comparabilidade com o país é necessário aplicar também médias móveis de 3 anos aos dados nacionais.

A taxa de abandono precoce corresponde à proporção da população dos 18 aos 24 anos que completou um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico e que não recebeu nenhum tipo de educação (formal ou não formal) na semana de referência do Inquérito ao Emprego ou nas três semanas anteriores.

A taxa de aprendizagem ao longo da vida é a proporção da população residente com idade entre 25 e 64 anos que participa em atividades de educação e formação, entendidas como todas as atividades de aprendizagem intencional ou não, desenvolvidas ao longo da vida, em contextos formais ou não-formais, com o objetivo de adquirir, desenvolver ou melhorar conhecimentos, aptidões e competências, no quadro de uma perspetiva pessoal, cívica, social e/ou profissional.

A taxa de escolaridade do nível de ensino superior corresponde à proporção da população dos 30 aos 34 anos que completou um nível de escolaridade correspondente ao ensino superior.