Madeira

Sociedades de Desenvolvimento têm sido “exemplos de má gestão de dinheiros públicos”

Crítica de Élvio Sousa na mesa redonda promovida hoje pelo JPP

‘Combater a Corrupção’ foi o tema do encontro que decorreu, no Colégio dos Jesuítas, com a presença de Paulo Morais e Marcolino Pereira.
‘Combater a Corrupção’ foi o tema do encontro que decorreu, no Colégio dos Jesuítas, com a presença de Paulo Morais e Marcolino Pereira.

O Juntos Pelo Povo organizou, este sábado (2 de Março) uma mesa redonda, no Colégio dos Jesuítas, subordinada ao tema ‘Combater a Corrupção’, que contou com a presença de Paulo Morais e Marcolino Pereira.

Na sua intervenção, o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, dirigiu críticas às Sociedades de Desenvolvimento, citando-as como “exemplos de má gestão de dinheiros públicos”.

“Ainda é muito prematuro, do nosso ponto de vista, destacar exemplos concretos, mas gostaríamos de salientar a questão das Sociedades de Desenvolvimento que têm sido exemplos de má gestão de dinheiros públicos e que são tendencialmente gastadores do dinheiro dos contribuintes sem qualquer responsabilidade. Estas Sociedades de Desenvolvimento têm perdas de mais de mil milhões de euros sendo regularmente injectadas financeiramente pelo Governo Regional desde 2000, é um exemplo muito particular da má gestão do dinheiro público”, afirmou.

Noutra nota, o secretário-geral do Juntos Pelo Povo criticou o sistema político português que só permite que uma pequena parte dos cidadãos possam participar activamente na maioria política.

“Enquanto os parlamentos estiverem vedados à cidadania participativa, continuaremos a ter cidadãos a denunciar fenómenos de corrupção, mas teremos os parlamentos, onde existem o acumular funções profissionais com a de deputados, num clima de promiscuidade e onde os grupos de cidadãos não podem ter participação”, salientou.

Élvio Sousa alertou ainda para “a ascensão de movimentos populistas”. “Uma assembleia de freguesia, uma assembleia municipal, que permite a participação dos cidadãos, é mais transparente e democrática que os órgãos de soberania que estão vedados aos mesmos”, insistiu.

“Temos uma Constituição, herdeira do 25 de Abril, mas que só permite que uma pequena parte dos cidadãos portugueses possam aderir a grupos de cidadãos eleitores e a outra parte apenas por um partido político, as Assembleias da República e as Assembleias Regionais são autênticos laboratórios de promiscuidade entre política e negócios e a legislação tem que incidir aqui, apenas dois partidos políticos em Portugal é que têm discutido esta matéria”, concluiu.

De referir que este evento enquadra-se numa série de encontros que têm vindo a ser realizados pelo Juntos pelo Povo, sobre várias temáticas de interesse público (por exemplo a Saúde, o Urbanismo, as Finanças e a Economia).