Madeira

Rui Barreto pede ajuda a Marcelo Rebelo de Sousa sobre fim da tarifa especial de desporto da TAP

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O líder do CDS-PP solicitou a intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na decisão da TAP de acabar com a tarifa especial do desporto, pedindo-lhe que utilize a sua magistratura de influência.

Numa carta pessoal enviada esta terça-feira para Belém, Rui Barreto, na qualidade de presidente do CDS-PP Madeira, mas também “como representante dos interesses da população residente no território destas ilhas portuguesas e, em particular, de todos os clubes e colectividades da Região Autónoma da Madeira que participam em provas e campeonatos nacionais”, começou por expor a sua preocupação pelo facto de a TAP ter decidido pôr fim à tarifa especial do desporto que permitia assegurar a presença das equipas insulares da Madeira e dos Açores nas provas nacionais, através de uma tarifa fixa no valor de 285 euros, sendo que, a partir de agora, os clubes “passam a ter o mesmo tratamento que é dado ao passageiro comum e estão sujeitos aos mesmos preços exorbitantes das viagens” que nos últimos anos “registam variações entre os 400 e os 700 euros”.

Apesar dos apelos feitos à companhia aérea por diversas entidades, desde o presidente do Governo Regional da Madeira, os presidentes dos clubes regionais, líderes políticos e o próprio presidente da Liga de Futebol Profissional, para reverter a situação, nada foi feito, considerando esta decisão da TAP “incomportável com os valores e princípios constitucionalmente consagrados” que podem “colocar em causa a unidade nacional, a coesão social e a continuidade territorial”, adverte Rui Barreto.

Para o líder do CDS, “ou a decisão da TAP é revertida ou os clubes da Madeira e dos Açores voltam a ser discriminados e afastados das competições nacionais”, como já aconteceu no passado, apelando, por isso, “à sua magistratura de influência para que encete todas as diligências que estiver ao seu alcance e ajude a anular a decisão da TAP” que compromete a participação dos clubes da Madeira nos campeonatos nacionais, significando também um “retrocesso histórico no processo de coesão social do Portugal Insular e Continental”.

Rui Barreto explicou que o desporto regional e os clubes da Madeira “não querem tratamento de privilégio” e exigem apenas “um tratamento igual ao que é concedido a todos os clubes do país, com o consequente reconhecimento da importância que o desporto representa para a coesão social e cultural de todo o espaço português, continental, insular e na diáspora”.

O pedido de Rui Barreto segui através de carta pessoal enviada para Belém, a Marcelo Rebelo de Sousa, esta terça-feira, 18 de Junho.