Madeira

Pedro Coelho não aceitaria ser director clínico do SESARAM se não tivesse as pessoas do seu lado

Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos falava sobre a contestação dos directores de serviço em relação à nomeação de Mário Pereira para o cargo de director clínico do SESARAM

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A criminalidade no Funchal e a contestação dos directores de serviço em relação à nomeação de Mário Pereira para o cargo de director clínico do SESARAM foram os assuntos que hoje estiveram em destaque no ‘Debate da Semana’ da TSF-Madeira.

Sobre a contestação dos directores de serviço em relação a esta nomeação que, levou mesmo a pedirem a demissão, o presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, disse que “o que é importante é que o Serviço Regional de Saúde funcione”, mas não aceitaria este cargo se não tivesse as pessoas do seu lado.

“Estou a falar como cidadão, se eu não tiver condições para desempenhar esse cargo, porque os meus pares não estão comigo, não aceitaria. Ou seja, se eu fosse o Dr. Mário Pereira, não aceitava ser director clínico se não tivesse a maioria dos directores clínicos comigo”, afirmou.

Já o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, defendeu a separação de poderes entre a política e os técnicos.

“Estamos em terrenos bastante perigosos, porque há que haver uma separação e uma fronteira muito bem definida entre o que são cargos de confiança política e o que são cargos iminentemente técnicos. O presidente do Governo veio a público dizer que quem escolhe o director clínico é o Governo Regional e quem não estivesse satisfeito que se demitisse. Ele pediu e teve”, afirmou.

O autarca entende que o comportamento do CDS em relação a esta matéria, significa que este “perdeu toda a vergonha”.

“Não tem vergonha de assumir um cargo de direcção clínica contra os profissionais que irão dirigir e não tem vergonha de vir tecer considerações de foro privado em publico”, sustentou.

Em relação ao aumento da criminalidade, Pedro Coelho realçou que “a Madeira é um destino seguro”, mas o consumo de substâncias psicoactivas dão azo à existência de situações como a que ocorreu na Avenida de Sá Carneiro.

O presidente da autarquia de Câmara de Lobos defendeu mais vigilância e fiscalização, tendo considerado que a noite começa tarde e que também acaba tarde. Por isso, entende que a hora de encerramento deve ser revista.

Além disso, adiantou que a Câmara de Câmara de Lobos quer implementar câmaras no centro da cidade.

Por outro lado, o presidente da Câmara Municipal do Funchal reforçou a necessidade de existir Polícia Municipal na baixa citadina.

“O projecto está a ser desenvolvido, não é algo que se faça da noite para o dia”, afirmou.