Madeira

Paquete Funchal perigoso devido a 100 toneladas de amianto

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Associação ambientalista Quercus alertou para os perigos do amianto no Paquete Funchal. O mítico paquete português, vendido em leilão por 3,9 milhões de euros, deverá ser transformado num hotel em Londres.

O assunto foi levantado pela International Ban Asbestos Secretariat (IBAS), uma associação ambientalista parceira da Quercus. As duas associações lembram as autoridades que o navio tem 100 toneladas de amianto friável (altamente degradado) e que não pode navegar sob o risco de libertar partículas.

Há dois cenários em cima da mesa: ou o navio é rebocado até Londres, ou é sujeito a obras em Lisboa antes de seguir viagem, pelo que a Quercus aguarda resposta das autoridades britânicas e portuguesas.

“Ao ser rebocado, nós temos de ter garantias de que as autoridades marítimas inglesas vão receber este barco e que a remoção do amianto vai ser possível em Inglaterra. Caso as autoridades marítimas inglesas não autorizem a recepção deste barco com a presença de amianto, então tem de ser assegurada a remoção do amianto aqui em Portugal”. Declarações de Carmen Lima, responsável pelo SOS Amianto da Quercus, à TSF nacional.

“Nós já comunicamos com a nossa congénere inglesa, todas as autoridades inglesas já têm conhecimento desta situação e estão alerta para saber o que vai ser resolvido em relação às autoridades portuguesas sobre esta matéria”, acrescenta Carmen Lima.

Há duas semanas, o navio Funchal foi vendido em hasta pública ao grupo hoteleiro britânico Signature Living por 3,910 milhões de euros, após uma disputa renhida com um consórcio luso-francês.

O leilão tinha um valor inicial de 2,3 milhões de euros e foram recebidas quatro ofertas, acabando por ficar na posse dos britânicos da Signature Living.

Por agora, o paquete Funchal continua atracado em Lisboa, devera em breve seguir para o porto de Londres onde será convertido num hotel.