Em 1877, um surto de varíola tirou a vida a várias pessoas na Madeira
Numa época em que a medicina não se apresentava tão evoluída como a que hoje estamos habituados e em que a Região vivia algum atraso social em relação ao Portugal continental, o DIÁRIO abordava na sua primeira páginas, alguns casos de varíola que provocaram a morte aos que essa doença tiveram, alertava ainda para a importância da vacinação.
Quanto à varíola, numa explicação breve e resumida, foi uma doença infecciosa, onde o último caso natural da doença foi diagnosticado em Outubro de 1977, o que levou a Organização Mundial de Saúde a certificar a erradicação da doença em 1980.
Os sintomas iniciais mais comuns de varíola eram febre altas e vómitos. Seguindo-se a formação de úlceras na boca e erupções cutâneas na pele.
Após vários dias, as erupções cutâneas evoluíam para bolhas características, repletas de líquido e com uma depressão ao centro. Numa fase mais avançada do vírus, as bolhas ganhavam crostas e desprendiam-se, deixando cicatrizes na pele. A doença era transmitida directamente entre pessoas ou através do contacto com objectos contaminados.
A prevenção era feita com a vacina contra a varíola.
O jornalista, na altura, apontou os pais como principais culpados destas mortes provocadas pela varíola. No entanto, percebendo o contexto da época, é fácil perceber que a sociedade era mais ‘fechada’ e, também explicada, pelas dificuldades em ter tratamento médico, seja por falta de profissionais, ou por falta de dinheiro.