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Nacional defraudou expectativas e caiu um ano após subir

FOTO Lusa
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O Nacional defraudou as expectativas e regressa à II Liga de futebol, um ano depois de subir, numa temporada marcada por oscilações nas suas prestações, fruto de alguma inexperiência por parte do plantel.

Depois de uma primeira volta positiva, que fechou no 12.º lugar, com 19 pontos, seis acima da ‘linha de água’, nada fazia antever uma segunda com muitos percalços e poucos pontos (nove), que culminou num 17.º lugar, com 28 e consequente adeus à I Liga.

Apesar da contestação dos adeptos, numa manifestação de confiança da direcção, Costinha liderou a equipa da primeira à última jornada, depois do título da II Liga na época passada, sendo que também teve o plantel do seu lado.

A empatia com o técnico foi bem patente, quando na antevisão à recepção ao Sporting, os capitães Diego Barcelos, Felipe Lopes e Diogo Coelho surpreenderam todos, ao interromper a conferência de imprensa e manifestar o total apoio ao treinador.

A equipa viveu o seu melhor período entre as nona e 12.ª jornadas, com duas vitórias, na receção ao Marítimo e na Vila das Aves, e dois empates, mas a pior série foi bem mais longa, com 10 jogos sem ganhar, incluindo oito desaires, da 25.ª à 34.ª.

O médio Vítor Gonçalves (dois golos em 33 jogos) foi dos jogadores mais influentes, o internacional moçambicano Witi (dois golos em 32 jogos) também se destacou, enquanto o hondurenho Brian Rochez foi o melhor marcador, com 10 tentos.

O guarda-redes Daniel Guimarães, pese os 58 golos sofridos, foi um dos elementos mais regulares, tendo em muitos jogos mantido o sonho de pontuar até aos limites.

Um dos factores negativos mais evidentes, centrou-se no processo defensivo, que consentiu 73 golos. Foi a defesa mais batida, sendo que essa debilidade atingiu o apogeu na derrota por 10-0 no Estádio da Luz, frente ao Benfica, à 21.ª jornada.

Uma das maiores decepções da equipa, foi o avançado uzbeque Sardor Rashidov, que ainda prometeu, quando no seu segundo jogo fez um ‘hat-trick’ na vitória por 4-0 frente ao Feirense.

Depois, passou por um momento delicado, quando se recusou a viajar para os Açores, para defrontar o Santa Clara, alegadamente por ter tido medo de viajar, face às previsões de mau tempo para o arquipélago açoriano e não mais atingiu qualquer relevância.

A época ficou também marcada por inúmeras lesões no grupo de trabalho, que limitou em muito as opções de Costinha para cada partida, não conseguindo nunca solidificar um ‘onze’, sobretudo na segunda volta.