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Madeira

Célia critica ausência de contratos com o Governo Regional

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Foto Rui Silva/ASPRESS

Na sessão solene dos 524 anos da Ponta do Sol, a presidente da Câmara, Célia Pessegueiro, centrou parte da sua intervenção na relação do município com o Estado e o Governo Regional. Se com o primeiro destacou avanços em áreas-chave, já com o segundo deixou críticas à falta de contratos e à ausência de resposta em obras estruturantes.

A autarca destacou a recuperação em curso no Tribunal da Ponta do Sol, que está na fase final de obras. Já quanto à nova esquadra da PSP, recordou que a Câmara elaborou o projeto e assinou um contrato interadministrativo com o Estado, no valor de 2 milhões de euros, para o lançamento da empreitada. “Os preços entretanto mudaram e essa verba já não chega. Mas temos o compromisso do Governo da República em rever o projeto e reforçar a verba para concretizar esta obra essencial”, garantiu.

Célia Pessegueiro apontou ainda a importância da Estratégia Local de Habitação aprovada pela Câmara, lamentando a falta de resposta do IHRU às candidaturas submetidas, mas reivindicando que, no novo pacote anunciado pelo Governo para 133 mil casas, a Ponta do Sol seja contemplada com pelo menos mais 200 fogos além dos 60 já em construção.

A presidente foi mais crítica em relação ao Executivo madeirense. Assinalou a Estrada dos Anjos como prioridade, lembrando que a Câmara já entregou um estudo com soluções e aguarda resposta. “É uma via turística muito divulgada pelo Turismo da Madeira e exige intervenção partilhada e financiada pelo Orçamento Regional”, defendeu.

Reivindicou igualmente uma solução urgente para a via rápida Ribeira Brava–Ponta do Sol–Calheta, sublinhando riscos de segurança e transtornos diários. Sobre a prometida via expresso para os Canhas, insistiu que a obra avance em túnel, sem comprometer a paisagem.

Outra crítica incidiu sobre a ausência de contratos-programa com o Governo Regional desde 2012, ainda no tempo de Alberto João Jardim. “Há 13 anos que a Ponta do Sol não assina nenhum contrato-programa”, lamentou, sublinhando a necessidade de apoio regional para projetos como o estacionamento estruturante da vila.