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Passagem do tufão Bualoi faz pelo menos 10 mortos nas Filipinas

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Foto EPA

As autoridades das Filipinas elevaram para dez o número de mortos pelo tufão Bualoi, que depois de atravessar o país asiático na sexta-feira, retomou força neste sábado, enquanto se dirige em direção ao Vietname.

A tempestade obrigou a deslocar mais de 350.000 pessoas no arquipélago, dias depois da passagem do supertufão Ragasa.

Um porta-voz do Gabinete de Defesa Civil, Bernardo Rafaelito Alejandro, indicou num comunicado em vídeo ter conhecimento de dez mortes, três registadas na província oriental de Masbate, devido ao colapso de árvores e casas, e as restantes no centro das Filipinas.

Catorze pessoas continuam desaparecidas no centro das Filipinas, informaram as autoridades, sem dar mais detalhes. Mais de 200.000 pessoas ainda se encontram em centros de acolhimento, localizados na trajetória da tempestade.

Conhecido no arquipélago como Opong, o tufão obrigou também a evacuar 351.840 pessoas, de acordo com dados do Conselho para a Gestão de Catástrofes (NDRRMC), e a decretar o encerramento das repartições governamentais e escolas.

O tufão atingiu a província de Samar Oriental na noite de quinta-feira, acompanhado por ventos de até 165 quilómetros por hora, de acordo com a agência meteorológica filipina (PAGASA), antes de atravessar a região de Bicol e a ilha ocidental de Mindoro, perdendo força à medida que avançava.

A Bualoi voltou a ganhar força depois de entrar no mar da China Meridional, indicou hoje a PAGASA, e atualmente tem ventos sustentados de até 120 quilómetros por hora e rajadas de 150. O tufão dirige-se para o norte do Vietname, onde, segundo a agência meteorológica, poderá atingir terra entre a noite de domingo e segunda-feira.

O tufão atingiu o arquipélago depois do supertufão Ragasa atingir o norte do país na segunda-feira passada, causando pelo menos uma dezena de mortos e 17 feridos entre milhares de deslocados.

Os tufões são fenómenos recorrentes no Sudeste Asiático, quando as águas quentes do Oceano Pacífico favorecem a formação de ciclones, e países como as Filipinas são atingidos todos os anos por cerca de vinte dessas tempestades tropicais, especialmente na estação das chuvas, que geralmente começa em junho e termina em novembro ou dezembro.

Segundo os cientistas, as alterações climáticas estão a provocar fenómenos meteorológicos extremos mais frequentes e intensos em todo o mundo.

O arquipélago atravessa um momento de indignação popular pela corrupção em projetos milionários de controlo de inundações, concebidos para proteger os cidadãos dos efeitos dos tufões e inundações e supostamente concluídos, mas na realidade inexistentes ou de baixa qualidade.