DNOTICIAS.PT
Mundo

Von der Leyen denuncia "padrão de confrontação" no espaço aéreo da UE

None

A presidente da Comissão Europeia denunciou hoje o "padrão de confrontação" devido à invasão do espaço aéreo da União Europeia (UE), agora por 'drones' na Dinamarca, enquanto o líder do Conselho Europeu defendeu a proteção das infraestruturas críticas.

"Acabei de falar com a primeira-ministra [da Dinamarca, Mette] Frederiksen sobre a incursão de 'drones' [aeronaves pilotadas remotamente] no aeroporto de Copenhaga. Embora os factos ainda estejam a ser apurados, é evidente que estamos a assistir a um padrão de confrontação persistente nas nossas fronteiras", vincou a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

Numa publicação na rede social X, a responsável prometeu: "As nossas infraestruturas críticas estão em risco, [mas] a Europa responderá a esta ameaça com força e determinação".

Também através do X, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse ter ficado "preocupado ao ouvir a primeira-ministra Frederiksen falar sobre os 'drones' não identificados detetados na área do aeroporto de Copenhaga" e manifestou "total solidariedade da Europa".

"A UE deve ser capaz de proteger as suas infraestruturas críticas", advogou o antigo primeiro-ministro português, indicando que da agenda do Conselho Europeu informal de dia 01 de outubro faz parte um debate sobre reforço da prontidão comum europeia em matéria de defesa.

Os aeroportos de Kastrup (Copenhaga) e Gardermoen (Oslo) estiveram fechados ao tráfego durante várias horas entre segunda-feira à noite e hoje de madrugada devido à presença de vários 'drones' nas imediações.

A Rússia rejeitou insinuações das autoridades dinamarquesas de que poderia estar ligada ao incidente com drones que obrigou ao encerramento durante várias horas dos aeroportos de Copenhaga e Oslo.

O incidente de hoje surge, porém, depois de na sexta-feira a Estónia ter denunciado a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país por 12 minutos.

Esse foi o terceiro incidente em duas semanas, após 19 'drones' (aeronaves pilotadas remotamente) russos terem entrado na Polónia e de ter acontecido uma situação semelhante (de menor dimensão) na Roménia.