JPP defende proximidade da Câmara com todas as freguesias
A candidata do Juntos Pelo Povo (JPP) à presidência da Câmara Municipal do Funchal considera da maior importância “a proximidade do executivo autárquico a todas as juntas de freguesia, sem olhar a cores partidárias e focado apenas na resolução dos problemas das populações”.
Em nota à imprensa, Fátima Aveiro afirma que este modelo de governança está plasmado no Programa Autárquico do JPP 2025-2029 para vincar a sua convicção de que “a proximidade às populações é a maneira mais eficiente e rápida de preparar as soluções para os problemas, mas é também uma forma de escrutínio directo das populações à gestão autárquica e o caminho para acabar com o ciclo vicioso que se instalou na política regional que é vermos partidos que agora prometem tudo às freguesias, mas que não cumpriram nada do que disseram há quatro anos”.
A candidata independente do JPP refere que já está no terreno desde Junho, em contactos com as populações, comerciantes, empresários, especialistas, classes profissionais, instituições e reuniões com diversas entidades, e desses encontros diz ter ficado com uma certeza.
"O Funchal caiu num incompreensível imobilismo, estou em crer que, no futuro, quando a distância do tempo permitir, se perguntarmos a um residente no Funchal do que é que se recorda de bom deste mandato do PCDS/CDS, tenho a certeza de que responderá, nada", disse.
E prosseguiu: “Mas este tempo que tenho andado na rua, também me permite concluir realmente que as pessoas, lembram-se de muitas coisas desta Câmara, como, por exemplo, não ter construído habitação pública a preços acessíveis; faz com que as deslocações casa-trabalho- escola sejam um inferno porque não tem soluções para o caos no trânsito; bloqueia o Funchal à concorrência no retalho alimentar, não aliviando o custo de vida das famílias, quando há uma cadeia de supermercado, o Lidl, que manifestou interesse em se instalar na cidade, uma cadeia que tem produtos de grande qualidade a preços mais baixos e uma rede de transporte marítimo própria, que é outra forma de baixar o custo com o transporte de mercadorias, pretende investir 100 milhões de euros, mas fecham-lhe a porta apenas para proteger interesses instalados prejudicando com isso uma população inteira; na mobilidade esta câmara nunca inovou, é uma cidade atrasada quando existem alternativas modernas, rápidas eficientes e amigas do ambiente, mas continuamos agarrados apenas ao automóvel; a limpeza das freguesias e dos espaços públicos e a recolha de lixo perderam qualidade, é de tudo isto que as pessoas se lembram e espero que não se esqueçam no dia 12 de Outubro.”
Fátima Aveiro considera que há “atrevimento e desconsideração da aliança PSD/CDS”. A candidata pormenoriza: “O candidato do PSD/CDS anda a repetir exatamente as mesmas promessas que foram feitas por Pedro Calado e Cristina Pedra há quatro anos, apetece dizer, com a anuência do Ricardo Araújo Pereira, ‘isto é gozar com quem trabalha’".
O PSD ignora que tem à sua conta 40 anos de governação da Câmara do Funchal, vir falar agora de habitação pública, de mobilidade, trânsito, bolsas de estacionamento nas zonas altas, é reconhecer que falharam, todos esses problemas foram criados por eles, isto é desconsiderar a inteligência das pessoas". Fátima Aveiro
A candidata diz que não conhece qualquer programa do PSD/CDS de Jorge Carvalho, mas já reparou que “as ideias que ele anda a anunciar são exatamente as mesmas” de Pedro Calado. E dá exemplos: "a requalificação do centro da freguesia de Santo António prometida em 2021, o mesmo acontece com a criação de bolsas de estacionamento nesta freguesia; a requalificação do miradouro de São Roque que nunca avançou e a legalização das habitações clandestinas que já tem barba branca".
Depois, assinala Fátima Aveiro, "vemos o candidato do PSD/CDS à Câmara a apresentar os cabeças-de-lista às juntas de freguesia a prometerem cabazes alimentares às populações".
E isso sugere-me uma questão: Uma pessoa que foi durante 10 anos membro de um Governo que esconde a existência de mais de 70 mil madeirenses em risco de pobreza e se gaba do PIB milionário e das receitas recordes, afinal, para ganhar os votos das pessoas das freguesias já admite que há pobres, que é preciso a esmola dos cabazes alimentares? Sinceramente, espero mesmo que a população do Funchal não se esqueça de tudo isto". Fátima Aveiro