Há 18 anos, a venda de veneno continuava a ser feita livremente na Madeira
Há 18 anos, o DIÁRIO fazia manchete com o facto de a venda de veneno continuar à discrição na Madeira. Para adquirir o produto mortal que queria matar ratos ou lagartixas, não sendo por isso necessário um registro de comprador.
A 28 de Agosto de 2007, o DIÁRIO apresentava uma reportagem em que se tinha dirigido a três espaços comerciais distintos e onde tinha conseguido comprar tudo o que de mais perigoso havia para matar pragas.
"É fácil adquiri-los. Tão fácil que basta ir ao sítio certo, perguntar se há ou recolhê-lo da prateleira, pagar e sair", podia ler-se.
E esta reportagem surgia porque a morte de um bebé servia de alerta. Naquele altura, no sítio do Garachico, em Câmara de Lobos, uma bebé de quase três anos, alcançou e ingeriu um produto tóxico, por descuido dos seus encarregados de educação. A menina acabou por falecer nas urgências pediátricas do Hospital. "Uma infelicidade para a família, que deve servir de alerta a todos os pais e familiares. É que não basta ter o produto bem fechado ou num local alto que impeça o acesso das crianças. No caso da menina, a embalagem estava em cima de um frigorífico e terá caído ao chão", lia-se no artigo em questão.
REGIONAL - "Eu não tenho preconceitos contra os homossexuais"
Na mesma edição daquele ano, o DIÁRIO também noticiava que o então presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim teve a necessidade de explicar a sua posição sobre os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
O chefe do Executivo madeirense dizia não ter "qualquer preconceito contra os homossexuais" e afirmava ter dado "testemunho a vida inteira" de tal situação, porque nunca "discriminou ninguém" por causa da sua opção sexual.
À margem de uma inauguração no Porto Santo, Jardim tinha feito questão de clarificar que "é contra chamar-se casamento ou união de facto entre homossexuais". "Parco em palavras, Jardim fez questão de dizer que aceita a união de facto entre duas pessoas e defende que vivam juntas. Mas recusa aceitar que se chame casamento a uma coisa que não é casamento", podia ler-se, onde também constava a sua justificação. "Não aceito, pela mesma razão que não concordo que se chame Sol à Lua ou Lua ao Sol. O Sol é o Sol e a Lua é a Lua".