A Autoridade Tributária (AT) emitiu, ontem, um alerta dando conta de que "alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio electrónico, supostamente provenientes da AT, nas quais é pedido que se carregue em links que são fornecidos". O DIÁRIO explica-lhe como precaver-se.
"Estas mensagens são falsas e devem ser ignoradas", avisa o Fisco, acrescentando que "o seu objectivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos links sugeridos ou a efectuar pagamentos indevidos".
Exemplos das mensagens:
Segundo a AT, está também em curso uma campanha de phishing que recorre a mensagens de texto (SMS) fraudulentas. "Os destinatários destes SMS são induzidos maliciosamente a efectuar um pagamento para alegadamente regularizar a sua situação tributária", indica a mesma fonte.
Exemplo do teor de um desses SMS:
A propósito do mesmo tema, no início do mês passado, a DECO Proteste sublinhava que "são cada vez mais verosímeis as mensagens fraudulentas de e-mail e SMS enviadas por remetentes que se fazem passar pela Autoridade Tributária", deixando algumas dicas para evitar ser burlado.
Três passos para reconhecer burlas em nome das Finanças
- A AT não envia links para pagamento de impostos ou de coimas por SMS ou por e-mail, nem solicita pagamentos via MB Way. Geralmente, as liquidações de imposto e o envio de notas de cobrança são feitos por carta enviada pelos CTT para a morada do contribuinte ou por notificação electrónica do Portal das Finanças, no caso de o contribuinte ter aderido ao serviço.
- Se receber uma referência multibanco para pagar um imposto ou coima, sem que tenha tomado qualquer iniciativa, fique de pé atrás. Este tipo de processos de pagamento é sempre iniciado pelo contribuinte, e os pagamentos são sempre efectuados ao Estado, sem excepção. Sem a sua iniciativa, nunca é enviada qualquer referência multibanco para pagamento – seja por SMS, multibanco ou MB Way – nem indicado outro IBAN que não o da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP. Isto não invalida que não possa receber um lembrete a recordar o pagamento de um imposto, por exemplo, caso tenha o e-mail registado na base de dados das Finanças.
- Se um pedido de pagamento de imposto ou coima lhe suscitar dúvida, confirme no Portal das Finanças se tem algo a pagar (opção "Dívidas Fiscais").
Seis cuidados para fintar mensagens fraudulentas
- Verifique a legitimidade do remetente da mensagem. No caso de e-mails, por exemplo, as fontes oficiais não utilizam domínios genéricos, como Gmail, Hotmail, Outlook ou Yahoo, nem desconhecidos.
- Suspeite de mensagens com um elevado sentido de urgência ou de oportunidade.
- Desconfie de hiperligações que lhe pareçam duvidosas. O melhor é evitar carregar nas mesmas ou transferir ficheiros anexados.
- Atente aos alertas das entidades oficiais, como a Autoridade Tributária e a Segurança Social. Quando detectam alguma fraude, as mesmas tendem a lançar alerta.
- Confira a existência de erros ortográficos e a falta de coerência das frases. Contudo, os métodos utilizados pelos burlões são cada vez mais sofisticados e, por isso, os consumidores não se devem apenas pautar por esta regra.
- Não divulgue os seus dados pessoais a remetentes ou páginas que não lhe pareçam seguros.
A AT recomenda ainda a leitura do folheto informativo sobre Segurança da Informação disponível no Portal das Finanças: