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Regionais 2025 Madeira

Combate à corrupção foi bandeira em campanha com nãos à esquerda e à direita com Albuquerque

A campanha do Chega Madeira às Regionais de domingo, o partido cuja moção de censura fez cair o Governo Regional em Dezembro do ano passado, termina quase da mesma forma que começou, com Miguel Castro a traçar uma linha vermelha a um apoio a um governo regional liderado por Miguel Albuquerque.

Ainda assim, a preferência para a estabilidade governativa na Madeira recai sempre à direita, tendo o líder parlamentar do Chega afirmado, em várias intervenções, não estar disponível para viabilizar um governo de Esquerda.

“O que as pessoas nos pedem é: afastem aquele senhor [Albuquerque] do poder”, afirma Miguel Castro

Líder do Chega assume papel de 'fiel da balança', à direita, mas sempre numa solução sem Albuquerque

Tânia Cova , 20 Março 2025 - 11:41

O combate à corrupção e a luta pela transparência nas instituições voltaram a ser bandeiras nesta campanha e Castro fez questão de responder aqueles que acusam o partido que lidera de não ter autonomia, para dizer que, apesar do projecto do Chega ser um projecto nacional, as questões autonómicas não estão esquecidas. Exemplo disso o foco na Lei das Finanças Regionais. Um assunto ainda por resolver.

Chega quer região autónoma com poder perante a República

O cabeça de lista do Chega às eleições antecipadas da Madeira, Miguel Castro, defendeu hoje o reforço da autonomia através da criação de mecanismos legislativos que premiram impor a sua dinâmica ao nível da República.

A Habitação e a Saúde foram outros dois temas que mereceram análise, tendo o partido acusado o Governo de não apresentar propostas para estas áreas que tanto penalizam os madeirenses e os porto-santenses. O sector das Pescas, a valorização da Classe Docente e a mobilidade marítima e a aérea também foram trazidos à discussão ao longo das últimas duas semanas.

Pelo meio, a campanha do Chega não escapou a algum ‘burburinho’ interno, tendo a parlamentar Magna Costa, que havia sido eleita pelo Chega na Madeira em Maio de 2024, passado a deputada independente. Castro desvalorizou a divisão interna, que disse ser comum a outros partidos, e repetiu que as pessoas são livres de seguir o seu caminho.

Ontem, em jeito de fecho de campanha, coube a André Ventura, o líder nacional, voltar a enfatizar o papel do Chega para contribuir para a mudança governativa na Madeira.

Resta agora esperar para domingo, quando ficar-se-ão a conhecer os novos membros eleitos ao parlamento madeirense e o peso de cada partido no cenário político, sendo que a sondagem da Aximage para o DIÁRIO e a TSF-Madeira atribuem ao Chega um papel de ‘fiel da balança’.

PSD cresce mas não atinge maioria

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Já são conhecidos os nomes dos 10 primeiros candidatos do CH às Regionais

O Chega Madeira deverá formalizar, ainda esta tarde, a entrega da sua lista de candidatos às eleições regionais agendadas para 23 de Março. Entretanto, o partido já divulgou aqueles que serão os primeiros dez nomes da sua lista. Ao contrário do que havia sido avançado, Maria do Carmo Gomes, actual assessora do partido, não figura entre os escolhidos.