DNOTICIAS.PT
None
Regionais 2025 Madeira

O activista

O DIÁRIO continua a apresentar o perfil dos cabeças-de-lista às eleições de 23 de Março. O de hoje é do líder do ADN-Madeira

Miguel Henrique Silva Pita nasceu, a 27 de Dezembro de 1972, na Madeira, onde construiu a sua vida pessoal e profissional. Ao longo dos anos, Miguel Pita tem procurado se destacar pelo seu espírito combativo, de dedicação à comunidade e pela firmeza nas suas convicções, com o intuito de apresentar um olhar atento e crítico ao futuro da sua terra-natal.

"Activista". Esta é a palavra que melhor define o líder do ADN-Madeira, um homem que não se resigna perante aquilo em que não acredita. Desde as manifestações contra as restrições pandémicas até à sua luta por mais liberdade e transparência na política regional, tem marcado a sua trajectória pela coragem de questionar e de agir. Sem medo de romper com o estabelecido, enfrenta cada desafio com determinação, sempre com um único propósito: defender aquilo que considera ser o melhor para a Madeira e para as gerações futuras.

Adoro a nossa ilha e tudo farei para protegê-la, para que as gerações vindouras possam desfrutar de mais e melhor do que eu consegui no meu espaço de vida Miguel Pita, candidato do ADN-Madeira

E é com esse lema e propósito que Miguel Pita volta a se candidatar às Eleições Regionais, marcando assim a sua terceira participação nesta disputa. Apesar disso, o seu percurso político já conta com outras experiências eleitorais, onde sempre vincou a sua determinação em representar os interesses da sua terra. Com um percurso marcado pela persistência e pelo compromisso, regressa agora ao desafio regional com ainda mais convicção e vontade de fazer a diferença.

Do Basquetebol à Solidariedade

"Madeirense de gema", Miguel Pita cresceu e construiu a sua vida na 'peróla do Atlântico' que sempre considerou "um paraíso". Desde cedo, demonstrou um forte sentido de comunidade, quer através do desporto, quer pelo seu compromisso com causas sociais e políticas.

A sua juventude foi marcada pela paixão pelo basquetebol. Durante a década de 1990, foi jogador e treinador, representando clubes históricos como o CD Nacional e o CF União. Esta experiência reforçou o seu espírito de liderança e trabalho em equipa, valores que levaria para outras áreas da sua vida.

Além do desporto, a solidariedade sempre fez parte do seu percurso. Desde os 19 anos, é dador de sangue assíduo, somando, até hoje, 96 dádivas. Pelo seu contributo ininterrupto, recebeu as medalhas cobreada, prateada e dourada, símbolos do seu compromisso com o bem-estar dos outros.

ADN apela para a importância de doar sangue

O partido ADN realizou esta quarta-feira, 20 de Setembro, uma acção de campanha no banco de Colheita de Sangue do Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde o cabeça-de-lista, Miguel Pita, realizou a sua 91.ª dádiva de sangue.

Em 1994, cumpriu o Serviço Militar Obrigatório, desempenhando as funções de motorista do Comandante do Quartel-General, uma experiência que permitiu-lhe desenvolver um "forte sentido de disciplina e responsabilidade".

Da Hotelaria à Política

A sua vida profissional começou em 1992, como recepcionista no antigo Hotel D'Ajuda, onde permaneceu até 1998. Desde então, é gerente dos Apartamentos Avenue Park, função que desempenha até hoje. No seu entender, a experiência neste sector da hotelaria proporcionou-lhe uma "visão privilegiada sobre a economia local e a importância do Turismo na Madeira".

O seu envolvimento no panorama da política regional ganhou destaque em 2020, durante a pandemia de covid-19. Insatisfeito com as medidas restritivas adoptadas pelo Governo Regional, organizou manifestações pacíficas à porta da Quinta Vigia, protestando contra o confinamento e a implementação do 'Passaporte Sanitário'. Na mesma altura, ao contrário de outras unidades hoteleiras, também recusou encerrar o hotel que gere, mantendo a actividade em funcionamento e assumindo publicamente a sua posição contra a vacinação. Essas acções valeram-lhe a reputação de "negacionista" aos olhos de alguns, "mas também o reconhecimento de muitos que se reviam na luta pela liberdade individual e empresarial".

Dezenas manifestam-se contra restrições junto à Quinta Vigia

Dezenas de madeirenses saíram hoje à rua para protestar contra as últimas medidas avançadas pelo Governo Regional no âmbito do combate à covid-19.

Passagem pelo Chega antes de ingressar no ADN

Em 2021, ingressou no partido Chega, onde se candidatou, pela primeira vez, a um cargo político, encabeçando a lista do partido à Junta de Freguesia da Sé. Nesse sufrágio obteve um terceiro lugar, atrás do PSD e PS, demonstrando que a sua mensagem, de alguma forma, encontrava eco na população. No entanto, algumas divergências com a Direcção Nacional do partido de extrema-direita resultaram em dois processos de suspensão e, no início de 2023, decidiu desvincular-se da força política liderada por André Ventura.

Ascensão no ADN e o caminho para 2025

Foi no Verão de 2023 que recebeu o convite de Bruno Fialho, líder da Alternativa Democrática Nacional (ADN), para ser o cabeça-de-lista do partido nas eleições legislativas regionais de Setembro desse ano.

"Identifiquei-me com a ideologia do ADN, porque realmente é um partido que defende as Liberdades e Garantias dos cidadãos e da Constituição Portuguesa. Eles convidaram-me, mas confesso que levei 5 meses até aceitar, porque quis ter a certeza de que política era esta e que partido era este. Claro que me identifiquei com eles, fui ao Congresso Nacional, gostei da forma pacífica como as situações foram aprovadas, o estatuto e os regulamentos e, por isso, em Julho decidi aceitar este desafio. Agora a ideia é a de tentar defender os madeirenses e porto-santenses", confidenciava, no dia 27 de Agosto, em entrevista concedida ao DIÁRIO.

No entanto, apesar da sua determinação em dar voz às aspirações e preocupações da população, o ADN saiu daquele sufrágio como o partido menos votado.

ADN desiludido com resultado "aquém das expectativas"

No entanto, Miguel Pita destaca que a maioria absoluta não ser alcançada "era um dos objectivos" do partido

Apesar do "resultado aquém das expectativas", Miguel Pita não se deixou abalar e voltou a candidatar-se em Maio de 2024, alcançando uma ligeira melhoria nos resultados eleitorais, embora ainda "muito longe" daquilo que ambicionava, que era conseguir a tão desejada eleição para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.

"Toda aquela operação de corrupção foi como se não tivesse valido nada"

Miguel Pita reconhece que os resultados do ADN estão "muito longe" daquilo que ambicionava

Actualmente, é Conselheiro Nacional do ADN e volta a encabeçar a candidatura do partido nas Eleições Legislativas Regionais de 23 de Março de 2025. Com um discurso assente na defesa das liberdades individuais, na transparência política e na protecção dos interesses da Madeira, Miguel Pita mantém-se firme no seu compromisso de lutar por uma Região "mais próspera e justa".

Em declarações ao DIÁRIO, o líder regional garante que o partido apresenta-se "com o objectivo de propor soluções concretas para os desafios que afectam a população da Região Autónoma da Madeira".

Um dos nossos propósitos de candidatura será devolver ao eleitorado a confiança na política e nos seus agentes, de forma que se traduza numa maior adesão às urnas de voto e assim podermos combater os números preocupantes da abstenção, voto nulos e em branco, de maneira construtiva e na defesa do superior interesse das populações e em detrimento de quezílias politico partidárias na nossa Assembleia Legislativa Regional Miguel Pita, candidato do ADN-Madeira

Miguel Pita volta a liderar candidatura do ADN

O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) volta a concorrer às Eleições Regionais, que terão lugar no dia 23 de Março.