Trabalhadores da Empresa de Cervejas rejeitam proposta salarial e exigem novas negociações
Os trabalhadores da Empresa de Cervejas da Madeira (ECM), através do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), informam que reuniram-se, hoje, para analisar a contraproposta da administração referente à revisão do Acordo de Empresa (AE) para 2025, e mostram-se "indignados e surpresos", porque consideram "os aumentos salariais insuficientes e estabelecidos de forma unilateral".
De acordo com o comunicado, o sindicato refere que a ECM propôs os seguintes reajustes salariais: 4,5% para salários até 1.000 euros;. 4,25% para salários entre 1.000 e 1.100 euros;. 4% para salários superiores a 1.100 euros, sendo que ainda foi foi sugerido um salário mínimo de 930 euros na empresa e um acréscimo de apenas 0,36 euros diários no subsídio de refeição.
Na Tabela enviada com os aumentos propostos pela ECM, a mesma continua a não retratar a realidade dos salários praticados, estando várias categorias profissionais com valores inferiores ao aplicados. SINTAB
O mesmo comunicado adianta que é possível verificar-se que "a administração apresenta uma nova discrição de funções por categoria profissional e insiste em aplicar 3 níveis para a categoria de operador de linha de enchimento, no sentido de regularizar a situação da existência de 3 valores salariais destintos para a mesma categoria profissional. Com a agravante da proposta referir as mesmas funções para os 3 escalões, e não ter forma de progressão", pode ler-se.
Diante desse cenário, os trabalhadores decidiram delegar ao sindicato a solicitação de uma reunião de negociação com a administração da ECM até o dia 20 de Fevereiro de 2025, "com o objectivo de ser corrigida a tabela de 2024 para os valores reais a praticar na empresa".
Os funcionários também reafirmam sua posição inegociável em relação às seguintes reivindicações: "aumento salarial mais aproximado da proposta dos trabalhadores; aumento no subsídio de refeição para 10 euros por cada dia de trabalho; 25 dias de férias, independentemente das faltas justificadas; redução do horário de Trabalho para as 35 horas semanais; e atribuição da diuturnidade no valor de 45,00 euros por cada cinco anos de permanência na empresa, até ao limite de cinco diuturnidades".
Caso não haja avanços nas negociações, os trabalhadores decidiram que vão reunir-se novamente a 28 de Fevereiro de 2025, "para avaliar a situação e definir possíveis formas de luta, incluindo greves, concentrações e manifestações em defesa de suas reivindicações".