Produção de energia eléctrica na RAM aumentou 2,0%
Dados de emissão de energia eléctrica em 2024, fornecidos pela Empresa de Eletricidade da Madeira
A produção de energia eléctrica, estimada a partir dos dados de emissão de energia eléctrica fornecidos pela Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) no ano passado, aumentou 2,0% face a 2023, de acordo com informação divulgada hoje pela Direção Regional de Estatística.
"Analisando o mix de produção da energia eléctrica emitida em 2024 - cujo total rondou os 953,4 Gigawatt hora (Gwh) - observa-se que, comparativamente a 2023, assistiu-se a uma maior preponderância das fontes eólica (+39,3%), resíduos sólidos urbanos (+8,6%), hídrica (+4,3%) e fotovoltaica (+2,4%), em detrimento da fonte térmica (-5,1%)", no que se pode designar como um aproximar dos objetivos de tornar a energia mais 'limpa', ainda assim longe de atingir a necessária mudança.
De acordo com a informação, "a fatia da energia total emitida com recurso a fonte térmica diminuiu, tendo passado de 72,1% em 2023 para 67,1% em 2024, o que significa que, pela mesma ordem, a quota de renováveis passou de 27,9% para 32,9%, percentagem mais elevada desde o início da série disponível (2009)", salienta a DREM. O objetivo é chegar precisamente ao oposto, aliás mais do que isso. Refira-se que o Governo tem como objectivo chegar aos 50% este ano de 2025.
Conseguirá a Madeira produzir 50% de energia a partir de fontes renováveis em 2025?
A produção tem vindo a melhorar gradual mas lentamente.
"De referir a preponderância do gás natural como fonte para a produção de energia eléctrica, concentrando 16,5% do total (13,2% no mesmo período em 2023), tendo-se verificado um aumento de 27,4% face ao período homólogo, na produção de electricidade a partir desta fonte", sendo que o gás natural serve essencialmente para abastecer a central térmica da Vitória (Socorridos) em alternativa ao fuelóleo.
"Reduzindo o âmbito de análise ao 4.º trimestre de 2024, observa-se que a emissão de energia eléctrica foi de 244,8 Gwh, sendo o aumento de 2,2% em termos homólogos", acrescenta a DREM.