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Madeira

Foi há 15 anos que a água ‘tomou’ a Madeira

Neste ‘Canal Memória’ recordamos o fatídico dia de 20 de Fevereiro de 2010

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Sábado, 20 de Fevereiro de 2010. Um dia que dificilmente vai sair da memória daqueles que o viveram. A força das águas tomou a Madeira de tal forma que houve mortes, muitos feridos, carros e casas completamente destruídos e um ‘trauma’ que custa a passar.

Neste ‘Canal Memória’ recordamos as edições subsequentes a este dia, até porque, na edição impressa publicada a 20 de Fevereiro, a manchete era ‘Mais brigas no Hospital’, num artigo que se referia à perda da unidade de Patologia da Coluna, que estava a gerar descontentamento no serviço de Ortopedia.

A aluvião de 20 de Fevereiro ficou então plasmada nas páginas da edição de 21 de Fevereiro. A custo, o DIÁRIO foi mesmo publicado, apesar do rasto de destruição deixado um pouco pela ilha. Não eram precisas mais palavras na 1.ª página: ‘Tragédia’, bastou.

11 fotos da tragédia do 20 de Fevereiro, para não esquecer as lições do passado

Há 11 anos, num sábado com alerta amarelo, acabou por chover tanto como num Inverno inteiro e a Madeira sofreu uma enorme tragédia: 47 pessoas morreram, quatro desapareceram e houve mais de 200 feridos. As sequelas tardam em cicatrizar

O primeiro balanço dava conta de 32 mortos, 101 feridos e 250 desalojados. As três ribeiras do Funchal transbordaram com a força das águas, dada a intensa chuva que caiu nessa manhã de sábado. O resto, foi o caos. Carros arrastados, lojas e casas inundadas, moradias arrastadas pelas águas e destruídas, pessoas desaparecidas e outras já encontradas sem vida.

Centenas de pessoas acabariam por ter de abandonar as suas casas, algumas seriam mesmo retiradas com recurso a botes, tal a altura que a água atingiu em algumas estradas.

No alto da Pena, a água que galgou a Estrada Luso-Brasileira emperrou carros e fê-los ‘voar’ para cima de casas.

Tal era o pânico que as telecomunicações acabaram por entupir. A maioria dos telemóveis ficou incontactável.

Após a tormenta passar, várias pessoas saíram à rua, por mera curiosidade, contrariando as indicações das autoridades, que pediam para que se mantivessem num local seguro.