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Madeira

Trabalhadoras da Santa Casa de Misericórdia de Machico ameaçam nova greve

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As trabalhadoras da Santa Casa de Misericórdia de Machico ameaçam fazer nova greve.

À imprensa, reconhecem que "tem sido pela luta, unidade e girmeza que foram reconhecidos direitos de trabalho" naquela instituição. Salientam ainda que "foi através do recurso a 3 greves, com implicação em perda de dia de trabalho para estas trabalhadoras, que foi alcançado a aplicação do CCT das IPSS, negociado entre a CNIS e a FEPCES a partir de Janeiro de 2024".

Das reivindicações das trabalhadoras, adiantam que "está ainda por concretizar os valores em falta do pagamento dos retroactivos salariais e diuturnidades, desde Julho de 2022 a Dezembro de 2023, que, conforme os compromissos assumidos, ficou de ser encontrada forma de pagamento durante o corrente ano de 2024, o que não aconteceu".

Repudiam "a falta de palavra e compromisso por parte da Mesa Administrativa e da sra.ª provedora" e "reconhecem que são um exemplo histórico na Região de denúncia pública sobre a realidade existente nas Santas Casas da Misericórdia da RAM". 

Repudiam também 'a retirada da Atribuição de Descanso em Dia de Aniversário' às trabalhadoras, direito consagrado há vários anos e atribuído pelo anterior provedor" daquela Santa Casa.

Repudiam ainda "os abusivos processos disciplinares e castigos aplicados às trabalhadoras da cozinha em dia de greve, não respeitando o trabalho decretado em serviços mínimos". 

Afirmam "a urgência e necessidade, que as entidades oficiais, reconheçam e intervenham sobre as inúmeras carências e dificuldades com pessoal, no sector social, levando à exaustão, estados de 'burnot', desgaste físico e psicológico, acidentes de trabalho recurso a baixas médicas, bem com a desregulação dos horários de trabalho, tornando exaustivo o dia-a-dia destes profissionais". 

Exigem "o descanso compensatório em dia de feriado" e "mantêm a exigência da elaboração e aplicação das escalas/horários de trabalho anualmente, de acordo com o cumprimento do CCT, com conhecimento da Comissão Sindical e enviado à DRT, dentro dos prazos legais". 

Perante esta situação, decidem "não abdicar das suas reivindicaçóes, nem do pagamento dos retroactivos em falta".

Revelam ainda que "caso não haja uma contraproposta apresentada pela Santa Casa da Misericórdia de Machico, ou intervenção pela parte da tutela, no decorrer da próxima semana, até ao dia 14 de Fevereiro, mandatar o Sindicato CESP para convocação de greve" naquela instituição". 

Dizem que "as trabalhadoras irão manifestar-se, como forma de protesto, quer junto da instituição, organismos oficiais e da residência oficial do presidente do Governo Regional da Madeira". 

Por fim, reforçam que "decidem continuar a recorrer a todas e novas formas de luta pela obtenção das suas justas reivindicaçôes e direitos".