DNOTICIAS.PT
Mundo

UE apela à "máxima restrição" da Tailândia e do Camboja

None
Foto EPA

A União Europeia (UE) apelou hoje à Tailândia e ao Camboja para exercerem "máxima restrição" e acabarem com as hostilidades das últimas horas.

"Os recentes confrontos entre o Camboja e a Tailândia é uma escalada das hostilidades", disse em comunicado um porta-voz do Serviço de Ação Externa da UE.

O porta-voz apelou às duas partes envolvidas neste conflito que exerçam "máxima restrição" e regressem aos termos da declaração que os dois países assinaram em 26 de Outubro.

A UE acrescentou que "está pronta" a apoiar os esforços para regressar à paz e também a disponibilizar apoio humanitário.

O Exército tailandês lançou hoje ataques aéreos na fronteira com o Camboja, depois da morte de um soldado por tiros supostamente vindos do lado cambojano, num quadro de reacendimento dos confrontos armados entre os dois países.

As Forças Armadas tailandesas, que também relatam a existência de quatro militares feridos nos confrontos, confirmaram em comunicado as operações aéreas, esclarecendo que se trata de "uma resposta às operações militares cambojanas", enquanto Phnom Penh nega ter iniciado os disparos.

Banguecoque garante que atacou "apenas infra-estruturas militares, depósitos de armas, centros de comando e rotas de apoio ao combate" associadas a actividades consideradas como uma ameaça à segurança nacional tailandesa.

Por outro lado, relatórios militares dão conta de numerosos confrontos nas últimas 24 horas em vários pontos dos quase 820 quilómetros de fronteira, onde ambos os governos começaram a retirar civis e a mobilizar pessoal e material de defesa.

Phnom Penh, por sua vez, voltou a acusar a Tailândia de ser responsável por várias provocações nos últimos dias e garantiu hoje que os soldados cambojanos não retaliaram aos ataques inimigos.