Cotrim de Figueiredo defende mais Autonomia
Candidato presidencial está na Madeira
O candidato presidencial João Cotrim de Figueiredo defendeu uma maior autonomia para a Madeira, considerando que a Região não tem aproveitado plenamente o estatuto de ultraperiferia e a margem de flexibilidade que este permite no quadro europeu, quer no plano económico, quer no social e fiscal.
Em declarações aos jornalistas junto ao Mercado dos Lavradores, numa iniciativa de pré-campanha, o antigo líder da Iniciativa Liberal afirmou que a autonomia regional “não está a ser explorada até às últimas consequências”, sustentando que existe espaço para políticas próprias mais ousadas. “Há potencial que não está a ser usado e isso penaliza o desenvolvimento da Região”, afirmou.
João Cotrim Figueiredo defendeu que o Presidente da República deve assumir um papel mais activo na valorização das Regiões Autónomas, anunciando que, caso seja eleito, promoverá reuniões regulares, pelo menos mensais, com os presidentes dos governos da Madeira e dos Açores. “É obrigação do Presidente estar em contacto permanente com as instituições que podem ser determinantes para desbloquear e acelerar o progresso económico e social”, disse.
O candidato sublinhou que esse contacto não deve limitar-se aos órgãos institucionais, defendendo uma auscultação regular da sociedade civil madeirense. “Muito mais do que encontros simbólicos, é preciso ouvir quem está no terreno e garantir que os problemas da Madeira não desaparecem da agenda nacional”, afirmou, lembrando que, apesar de não ter poder executivo, o Presidente pode influenciar prioridades políticas.
Figueiredo referiu ainda que a sua candidatura tem vindo a ganhar força a nível nacional, considerando existir uma “possibilidade real” de chegar à segunda volta das eleições presidenciais. “É a única candidatura que, de forma consistente, tem mostrado crescimento nas sondagens”, afirmou, a cerca de um mês do acto eleitoral.
O candidato revelou também ter recebido manifestações de apoio de eleitores e militantes do PSD, incluindo do PSD-Madeira, que dizem identificar-se com a sua candidatura por defender uma mudança de rumo no País e na Região. “Portugal e a Madeira não podem continuar presos ao passado, com medo da mudança e conformados com a situação actual”, concluiu.