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Casos do dia

353 ocorrências relacionadas com a depressão Emília mobilizaram 767 operacionais

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Entre as 8 horas do dia 12, sexta-feira, e as 13 horas de hoje, o Serviço Regional de Protecção Civil (SRPC), IP-RAM, registou no seu Comando Regional de Operações de Socorro (CROS) um total de 353 ocorrências, que exigiram a intervenção de 767operacionais e 367 meios terrestres. 

Numa nota de imprensa enviada esta tarde, o SRPC dá conta que foi realojada uma pessoa no município de Santa Cruz, face aos danos provocados na habitação, resultantes da depressão Emília. Salienta, ainda, que não foram verificadas outras vítimas resultantes das ocorrências reportadas. 

Entre os meios que estiveram no terreno para fazer face a estas ocorrências estiveram corpos de bombeiros, serviços municipais de Protecção Civil, estruturas operacionais dos municípios, das Juntas de Freguesia, do Corpo de Policia Florestal, da Policia Marítima e Policia de Segurança Pública, da Autoridade Marítima e do SANAS, das Brigadas Helitransportadas do SRPC, IP-RAM e Unidade de Emergência e Proteção e Socorro (UEPS) da Guarda Nacional Republicana e ainda das equipas da Direção Regional de Estradas e concessionárias das vias (VIAEXPRESSO e VIALITORAL), bem como Altice/MEO, NOS e Empresa de Eletricidade da Madeira, que procedem a ações de reposição da normalidade das redes afectadas.

Refere que todos as ocorrências foram resolvidas no patamar municipal, "com um extraordinário desempenho dos Serviços Municipais e Agentes de Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira que anteciparam medidas preventivas e de resposta, na sequência da elevação do Estado de Prontidão Especial, determinado pelo Centro de Coordenação Operacional Regional (CCOR), que reuniu extraordinariamente no dia 11 de dezembro, pelas 11:00 horas no CROS. O reforço da prevenção e preparação, com base na avaliação do risco e que justificou a emissão dos respetivos avisos à população, nos diferentes níveis de atuação, contribuiu para a mitigação dos efeitos expectáveis, com destaque para a salvaguarda das pessoas."

Esclarece que todos os condicionamentos preventivos e/ou na sequência das ocorrências, oportunamente executados em articulação com a Autoridade Marítima Nacional, Administração dos Portos (APRAM), Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), Direção Regional de Estradas e todos os Municípios da RAM, em vias e zonas previamente sinalizadas e historicamente vulneráveis aos fenómenos em presença serão "gradualmente reabertos em função da avaliação local, caso a caso, sendo actualizada a informação pública através dos canais habituais"

De acordo com o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), no período compreendido, destaca os seguintes efeitos da depressão: 

Foi registada a rajada máxima de 147 km/h na estação do Chão do Areeiro no dia 12 Dezembro. Nas estações de Sta. Catarina/Aeroporto, Caniçal, Pico Alto, Ponta de São Jorge, Prazeres, Selvagem Grande e Porto Santo registaram-se valores de rajada superiores a 100 km/h

Hoje a rajada máxima registada na rede de estações do IPMA foi de 81 km/h em Sta. Catarina/Aeroporto, 80 km/h no Pico Alto e de 79 km/h no Caniçal. No Funchal/Observatório registou-se rajada máxima superior a 70 km/h.

No dia 13 Dezembro a precipitação acumulada em 24 horas na estação do Chão do Areeiro foi de 91 mm, sendo o valor máximo diário acumulado no período  considerado.

Foram registadas temperaturas mínimas abaixo de 0ºC na estação do Pico do Areeiro, sendo no dia 12 dezembro de -0.6 º C e no dia 13 dezembro de -0.8 º C, com ocorrência de queda de neve.

Apesar de ser notório o desagravamento das condições meteorológicas, o SRPC explica que ainda decorrem algumas operações de reposição da normalidade pelo que apela por cuidado e à tomada de comportamentos adequados em particular em zonas que tenham ficado mais vulneráveis pela sua exposição aos fenómenos dos últimos dias, nomeadamente junto a arvores ou edifícios degradados ou vertentes instáveis.

A terminar, o SRPC agradece a colaboração dos cidadãos na implementação das medidas preventivas e de autoprotecção, assim como no cumprimento das orientações das autoridades e agentes de protecção civil.