Chega continua a cruzada contra o Centro Islâmico da Madeira
O partido Chega emitiu um comunicado, esta quinta-feira, a repudiar as declarações do líder do Centro Islâmico da Madeira, que acusou o partido de promover "xenofobia" e "medo" na comunidade muçulmana.
Centro Islâmico da Madeira nega cadastro criminal de membro da sua associação
O Centro Islâmico da Madeira, através de comunicado, esclarece que o seu membro Mohammad Lokman Hussain Bhuiyan, secretário da associação, não tem quaisquer ligações a alegadas actividades ilegais e tem cadastro limpo na polícia de Portugal e do Bangladesh.
Miguel Castro, líder regional do Chega, rejeitou as críticas e afirmou que o partido "não promove medo", mas sim "transparência". "Medo têm aqueles que querem impor à Madeira valores que não são os nossos e que depois tentam silenciar quem fala a verdade", declarou.
O partido defende que todas as religiões são bem-vindas na Região, desde que respeitem "a matriz católico-cristã, os valores e as leis" locais. Contudo, o Chega opõe-se ao financiamento público de infra-estruturas religiosas, criticando uma decisão passada do governo de Alberto João Jardim que cedeu um edifício público ao Centro Islâmico em Santo Amaro.
"Não vamos permitir que mais um único cêntimo seja desviado do bolso dos madeirenses para financiar mesquitas, escolas religiosas, cemitérios próprios ou qualquer outra infra-estrutura paralela", afirmou Miguel Castro.
O líder regional alertou ainda para o que considera serem incompatibilidades entre "valores praticados ou defendidos por segmentos radicais do islamismo" e princípios como a liberdade das mulheres, a protecção de crianças e a igualdade de género.
"A Madeira não será laboratório para culturas que querem enraizar valores díspares dos nossos", concluiu o deputado, reforçando que o partido continuará a fiscalizar estas questões "na casa da democracia".