Próximo Presidente deve questionar "normalização do discurso de ódio"
Declarações foram feitas pelo mandatário regional da candidatura de António Filipe a Belém, durante um debate no Funchal
A candidatura de António Filipe à Presidência da República, apoiada pelo PCP, defendeu esta tarde, no Funchal, que o próximo Presidente da República deve assumir um papel activo na defesa da democracia e na resposta ao crescimento do discurso de ódio em Portugal. As declarações foram feitas pelo mandatário regional, Artur Andrade, durante um debate público sobre o actual quadro político nacional.
Segundo o mandatário, “quando cresce e se estrutura um discurso de ódio na sociedade portuguesa, o contexto político requer uma grande campanha de informação e esclarecimento”. Para Artur Andrade, “o actual quadro político do País exige que o Presidente da República seja um agente activo na luta pela democracia e pela paz”.
O representante regional da candidatura sublinhou ainda que “a complexidade dos problemas vividos na sociedade portuguesa tornam imperativo um sobressalto democrático”, defendendo que as próximas eleições presidenciais ocorrem num momento particularmente sensível.
Para a candidatura de António Filipe, “as ameaças às conquistas de Abril, a ofensiva contra a natureza do estado democrático colocam uma necessidade maior de defesa de uma democracia avançada em Portugal”. É nesse sentido que “a candidatura de António Filipe se define como norteada pelos valores da democracia, dos direitos e do desenvolvimento”.
Artur Andrade destacou também como elemento “distintivo desta candidatura o seu compromisso com a defesa dos direitos fundamentais, designadamente, dos direitos consagrados na chamada ‘constituição laboral’, dos direitos dos trabalhadores portugueses”.
O mandatário concluiu frisando os deveres que “esta candidatura assume de defesa da cultura da Paz”.