PR espera que investigação que envolve elementos da GNR e PSP seja "o mais rápida possível"
O Presidente da República afirmou hoje esperar que a investigação que levou à detenção de elementos da GNR e da PSP seja "o mais rápida possível", manifestando a preocupação de que "não fique afetada a credibilidade de instituições".
À saída de uma conferência sobre o 25 de Novembro de 1975, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a notícia da detenção de dez militares da GNR e de um elemento da PSP hoje, numa operação da PJ, e começou por ressalvar que não comenta "casos concretos, muito menos em investigação judicial".
O chefe de Estado considerou, no entanto, que "conviria que fosse, na medida do possível, rápida esta investigação", porque "os crimes invocados" -- auxílio à imigração ilegal, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais -- "são graves" e porque "estão envolvidos efetivos ao serviço de instituições importantes, muito importantes na sociedade portuguesa".
"Logo, se há que se fazer justiça, faça-se justiça. Mas não é indiferente o tempo em que se faz a justiça", reforçou.
Interrogado se o prestígio das autoridades fica afetado neste caso, o Presidente da República respondeu que "para já, não", acrescentando: "Por isso eu digo que, para que não fique afetada a credibilidade de instituições que são essenciais para a nossa vida coletiva, é que esta investigação ou esse tipo de investigações têm de ser o mais rápidas possível".