Mesas de voto fecharam no Chile em presidenciais que podem ter segunda volta
As mesas de voto fecharam no Chile, onde hoje decorreram eleições dominadas pelos temas da segurança e imigração, favoráveis à extrema-direita, mas com a única candidata progressista a Presidente, Jeannette Jara, a surgir como favorita.
Embora o encerramento oficial das mesas tenha sido às 18:00 locais (21:00 em Lisboa), todos os eleitores que estiverem nas filas têm direito a votar, pelo que é provável que o início da contagem se atrase em vários dos locais de voto.
A participação eleitoral tem sido uma das grandes protagonistas do dia, pois o voto é obrigatório nesta eleição presidencial, que previsivelmente não se resolverá à primeira volta.
No segundo lugar nas sondagens, atrás de Jara, surgia o candidato José Antonio Kast, líder da extrema-direita clássica chilena, seguido muito de perto pela extrema-direita mais radical de Johannes Kaiser.
Esta é a primeira vez desde o regresso à democracia que existem dois candidatos de extrema-direita tão competitivos que defendem o legado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Em quarto lugar surgia a bandeira da direita tradicional, a ex-presidente da câmara Evelyn Matthei que, embora tenha começado a liderar as sondagens, rapidamente desceu nas preferências eleitorais.
O dia de votação, no qual mais de 15,6 milhões de pessoas estavam inscritas para votar, decorreu com normalidade e os primeiros resultados oficiais são esperados a partir das 19:30 locais (22:30 em Lisboa).
Além da presidência, os eleitores escolhem também parte do Senado e toda a Câmara dos Deputados.
A contagem começará pelo voto dos candidatos à presidência, seguida dos senadores nas sete regiões em que são eleitos e, finalmente, dos deputados.