LIVRE apresenta "plano ambicioso para a mobilidade e inclusão"
A candidatura do LIVRE à Câmara e Assembleia Municipal do Funchal, liderada por Marta Sofia, apresentou hoje aquilo que diz ser "um plano ambicioso para a mobilidade e inclusão, denunciando que o Funchal está refém do automóvel, resultando em congestionamento crónico e, pior, numa cidade que não garante acessibilidade universal aos seus cidadãos mais vulneráveis".
Em nota à imprensa, diz que "o objectivo eleitoral do LIVRE é claro: eleger representantes para a Assembleia Municipal do Funchal para garantir que estas medidas são fiscalizadas e implementadas".
Refere também que "a mobilidade no Funchal é dominada pelo automóvel, com congestionamentos frequentes e um acesso limitado a um transporte público eficiente e com a frequência de viagens que a população exige". Esta situação, afirma, "é agravada pela circulação desregulada de veículos de aluguer (rent-a-car e transporte a pedido) em horários de pico, que aumenta o trânsito e o stress na cidade". Contudo, prossegue, "a maior falha é a falta de acessibilidade universal".
A cidade não está desenhada para pessoas com deficiência, idosos ou pais com carrinhos de bebé, transformando a circulação diária numa série de obstáculos intransponíveis". Marta Sofia
Acrescenta que "o LIVRE defende um plano de choque baseado na prioridade ao transporte público e na pacificação do espaço urbano, que começa pela luta pela implementação de um Plano de Faixas Bus-Lanes nas principais vias da cidade, criando faixas dedicadas aos transportes públicos com sinalização inteligente, retirando-os do congestionamento e garantindo a sua alta frequência". Para desincentivar o uso do carro no centro, propõe "aumentar o preço do estacionamento central e, em simultâneo, criar sistemas de Park & Ride acessíveis nas entradas da cidade". Por fim, exige "a modernização progressiva da frota da TIIM, garantindo veículos 100% acessíveis, e a garantia de remuneração justa para os motoristas, ao mesmo tempo que se licencia e regula a circulação de viaturas rent-a-car e de transporte a pedido em horários de pico".
A inclusão não é um extra, é uma obrigação. O LIVRE propõe a implementação de um sistema de Transporte a Pedido para cidadãos idosos ou com mobilidade condicionada, assegurando que a distância não é um obstáculo para aceder a serviços essenciais". Marta Sofia
E acrescenta: "Vamos implementar e fiscalizar rigorosamente o Plano Municipal de Acessibilidade, realizando auditorias periódicas e instalando sinalização táctil, sonora e informação digital em paragens e equipamentos urbanos. A segurança das pessoas será prioridade, com a definição de limites de 30 km/h em áreas residenciais e escolares, o ajuste da duração de luz verde dos semáforos para travessias seguras e a fiscalização eficaz do estacionamento ilegal que bloqueia passeios e passadeiras".
Marta Sofia reitera que o foco do LIVRE é eleger representação na Assembleia Municipal do Funchal. "Não basta ter planos; é preciso quem os fiscalize e exija a sua implementação. O meu compromisso é lutar para que a tirania do automóvel termine. Queremos um Funchal em que todas as pessoas, independentemente da sua mobilidade, possam circular com dignidade e segurança. O nosso voto é estratégico: dê-nos a força na Assembleia para mudarmos a cidade," salienta Marta Sofia.
O LIVRE apela ao voto "que prioriza as pessoas de todas as faixas etárias, para que o Funchal possa, de facto, viver com futuro e dignidade".