“O verdadeiro vencedor tem de ser o Funchal”
José Luís Nunes abre tomada de posse com apelo à união
O início da cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos do Funchal ficou marcado pela intervenção de José Luís Nunes, presidente cessante da Assembleia Municipal, que assumirá novamente funções no novo mandato.
“Estou profundamente orgulhoso de todos vós. Hoje voltamos a escrever um novo capítulo da história da sempre nobre cidade do Funchal”, afirmou, lembrando que “chegamos ao fim de um ciclo iniciado em Outubro de 2021”.
Num discurso marcado pelo balanço do mandato e pela passagem de testemunho, José Luís Nunes manifestou “gratidão pelo convite e pela confiança”, sublinhando tratar-se de um “período que não esteve isento de desafios”.
O presidente cessante deixou um agradecimento público a Cristina Pedra e à vereação que agora termina funções, pedindo uma salva de palmas: “Temos hoje uma cidade mais feliz, que apesar das dificuldades soube reencontrar-se com o seu rumo.” Reforçou que a equipa “não virou as costas a nenhum desafio”, trabalhando “até ao último dia”. “O resultado é meritório: deixam uma cidade melhor do que a encontraram. Obra feita. Muito foi feito, mas ainda há muito por fazer.”
Sobre o contexto eleitoral de 12 de Outubro, considerou que a democracia mostrou estar “de boa saúde”, embora “nem todos os debates tenham sido esclarecedores” e “nem todos os argumentos justos”. Ainda assim, recordou que o essencial permanece: “fazer o melhor pela cidade do Funchal”, tornando-a “mais digna, mais próspera, mais humana”.
Nunes deixou claro que “não há vencedores nem vencidos. Há sim uma cidade que quer continuar a crescer. E neste caminho todos contam. O verdadeiro vencedor tem de ser sempre o Funchal.”
Algo constipado, mas sempre firme no tom, apelou a que “os eleitos façam por merecer a confiança do povo”.
Na parte final da intervenção, dirigiu-se directamente a Jorge Carvalho, prestes a tomar posse como presidente da Câmara Municipal do Funchal, deixando-lhe um desafio: “Continue a fazer da cidade, a cada dia, um Funchal sempre melhor. O Funchal merece lideranças à altura da sua história e da sua gente.”
Comprometeu-se ainda a que o órgão deliberativo mantenha os seus princípios: “Voltaremos a ter uma Assembleia leal, íntegra e transparente.” E vincou os valores que diz comandarem a sua acção: “Lealdade, verdade, honestidade e trabalho.”
“A política vive de diferenças, mas a democracia vive do respeito que conseguimos manter mesmo quando discordamos”, concluiu.