Marcelo elogia contributo de Balsemão para a liberdade e democracia em discurso na missa
O Presidente da República elogiou hoje o contributo de Francisco Pinto Balsemão para a liberdade e para a democracia, num discurso na missa que antecede o funeral do antigo primeiro-ministro, realizada no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa recordou presidente do grupo Impresa como um visionário, lutador e otimista, "a acreditar sempre no amanhã", com "inabalável esperança e fé".
"Assim foi, mais de seis décadas, num Portugal fechado, tal como num Portugal que ajudou a abrir para a liberdade e para a democracia", afirmou.
Segundo o chefe de Estado, isso aconteceu "às vezes tão naturalmente que os seus passos pareciam não estar a mudar Portugal, mas estavam".
"Mudavam e mudaram a vida dos outros, a vida de todos nós. Nunca foi uma ilha, sempre quis realizar-se pelos outros e com os outros. E isso, que foi muito, que foi tudo, Portugal nunca esquecerá", completou o Presidente da República.
O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, fundador e militante número um do PSD, do qual também foi presidente, morreu na terça-feira, aos 88 anos.
Francisco Pinto Balsemão presidia ao grupo de comunicação social Impresa, do qual fazem parte o Expresso, que criou ainda durante a ditadura, em 1973, e a SIC, primeira televisão privada em Portugal, criada em 1992.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata Partido Social Democrata (PSD).
Após a morte de Francisco Sá Carneiro, Balsemão assumiu a presidência do PSD, entre 1980 e 1983, e chefiou o VII e o VIII governos constitucionais, da AD, entre 1981 e 1983.
Era membro do Conselho de Estado, órgão político de consulta do Presidente da República.