Chega "quer impedir orações islâmicas em espaços públicos"
O partido de André Ventura quer, também, "travar a construção de mesquitas"
O partido Chega (CH) "vai apresentar iniciativas legislativas para proibir orações islâmicas em espaços públicos e impedir a construção de novas mesquitas em Portugal", lê-se numa nota de imprensa partilhada pelo deputado madeirense Francisco Gomes. "O partido defende que o espaço público 'não deve ser usado para a afirmação religiosa islâmica nem para práticas que promovem segregação cultural'", justifica.
O deputado, que foi eleito pelo CH para o parlamento nacional, considera que "o espaço público é de todos e não pode ser transformado em palco de ocupação ideológica ou religiosa", denunciando "a crescente expansão de manifestações religiosas islâmicas em praças, ruas e jardins", pelo que alerta para a "invasão islâmica já em curso em várias cidades europeias", atira.
Não aceitaremos a transformação do espaço público em território de afirmação islâmica. Portugal é um país culturalmente ocidental e assente na sua matriz cristã. Não vamos permitir que práticas religiosas vindas de fora se imponham sobre a nossa própria identidade. Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República
Diz o eleito que o CH "irá igualmente propor alterações à lei para travar a construção de novas mesquitas em território nacional, exigindo critérios mais rigorosos de transparência de financiamento e controlo de ligações internacionais", sendo que para Francisco Gomes, "a abertura de mesquitas em Portugal tem sido financiada por países estrangeiros com interesses políticos claros", pelo que defende que "Portugal não pode tornar-se refém de agendas religiosas externas".
O deputado madeirense sublinha que "a prioridade nacional deve ser a defesa da coesão social, da ordem pública e da soberania cultural" e aproveita para acusar PSD e PS de "fecharem os olhos ao crescimento do islamismo político que alimenta radicalização, guetização e hostilidade aos valores democráticos".
E conclui: "Não vamos permitir em Portugal aquilo que está a destruir França, Suécia, Bélgica e Reino Unido, onde assistimos à criação de zonas onde o Estado de direito é substituído por normas religiosas. Com o CHEGA, a lei portuguesa será respeitada em todo o território nacional, sem cedências e sem medo."