JPP propõe planear a segurança do Funchal e lembra que “mais vale prevenir do que remediar”
A candidatura do Juntos Pelo Povo (JPP) à Câmara Municipal do Funchal destacou esta quarta-feira, 1 de Outubro, durante a sua acção de campanha eleitoral, a prevenção, a segurança e a ordem pública na cidade.
Em nota emitida, o partido refere que a cabeça-de-lista da candidatura, Fátima Aveiro, definiu como mote do seu projecto autárquico “Uma cidade para todos”, lema que integra uma mensagem implícita, nomeadamente “a necessidade de devolver o Funchal às famílias, permitir-lhes que saiam de casa, que desfrutem tranquilamente do espaço público e dos serviços, mas para isso é fundamental que todos se sintam seguros”.
A cabeça-de-lista do JPP defende que as questões relacionadas com a segurança não podem ser “discutidas a quente e somente em cima dos casos mediáticos”, considerando que a prevenção e o planeamento têm de ser feitos “por antecipação” para garantir que “as forças responsáveis pela segurança, preservação e ordem pública dispõem do número de efetivos necessários e dos mecanismos técnicos adequados”.
Fátima Aveiro escusa-se a entrar em discussões relativas a “percepções e realidades” sobre a segurança no Funchal, mas diz que não abdica de “trazer a segurança e a ordem pública para o debate autárquico porque, independentemente dessas discussões de semântica, o que sei é que pessoas que trabalham, principalmente mulheres, muitos cidadãos e famílias confessam medo e evitam passar em certas ruas e zonas da cidade, e isto tem que ser resolvido, se não é insegurança, alguém que explique o que é”.
A candidata do JPP alude à quantidade de vídeos e notícias que circulam diariamente pela comunicação social e pelas redes sociais, dando conta de "cenas de pancadaria, assaltos, furtos e agressões a vítimas isoladas e surpreendidas à saída do trabalho ou de estabelecimentos de diversão".
A segurança e a ordem pública, acrescenta, “só se garante com mais policiamento, com agentes na rua, a única coisa que previne o crime, a agressão e a proteção das pessoas é presença física da autoridade, tudo o resto são apenas instrumentos auxiliares, que não estão presentes para proteger as vítimas quando estas mais precisam, apenas, nalguns casos, identificam e registam as cenas”.
Fátima Aveiro assinala que a sua candidatura pretende implementar a polícia municipal, composta por quadros de polícia "devidamente formados e capacitados, com competência específicas na segurança e ordem pública". A candidata preconiza, igualmente, que sejam revistos os quadros normativos, as tabelas salariais e regalias "que foram retiradas para tornar mais apelativa” a entrava de novos elementos para a PSP.
“Se queremos que os residentes, as pessoas e as famílias voltem a ter confiança na sua cidade, possam passear e dela desfrutar, a segurança tem de ser pensada e planeada para responder às necessidades, tendo em consideração que a pressão turística fez disparar o número de pessoas na rua”, afirma Fátima Aveiro.
A candidata socorre-se da sabedoria popular “mais vale prevenir do que remediar” para se colocar do lado da prevenção: “Se não agirmos por antecipação, corremos o risco de alguém, em cima dos acontecimentos, se lembrar de ideias estapafúrdias como foi a do candidato da coligação PSD/CDS, Pedro Calado, que queria colocar o Exército na rua para garantir a segurança do Funchal, uma medida à Donald Trump, inconstitucional, porque Forças Armadas na rua é próprio dos regimes ditatoriais e autocráticos.”