Lembra-se dos clubes de vídeo? Há 19 anos tentavam resistir à concorrência
Neste ‘Canal Memória’ rumamos até 2006
A moda começou nos anos 80 com a chegada dos primeiros videogravadores à Região. Os clubes de aluguer de vídeos ou clubes de vídeos começaram a proliferar, aumentando a oferta de vídeo a cada semana que passava, sendo ‘concorrência’ à RTP-Madeira, que ainda transmitia a ‘cinzento’.
No entanto, com a evolução da tecnologia, aumentou o número de canais disponíveis, que passaram também a ser a cores, aumentou ainda o número de salas de cinema, espalhadas pela Região e o fulgor dos clubes de vídeo foi-se perdendo.
Em 2006, o DIÁRIO fez uma reportagem que mostrava a realidade dos clubes de vídeo. Apesar de alguns proprietários reconhecerem que o negócio ainda dava lucro, estava longe de ser a ‘galinha dos ovos de ouro’ de outros tempos.
“Há não muito tempo alugávamos em média 1.600 filmes por mês, agora esse número baixou para os 500/600”, dizia Miguel Alves, sócio-gerente de um dos mais antigos videoclubes. Para se manter no activo, o videoclube tinha de apostar na compra de títulos mais recentes e na venda de alguns mais antigos, mantendo assim o negócio a funcionar.
Esta era uma forma de contornar a ‘concorrência’ dos canais que passavam exclusivamente filmes, mas também de um outro fenómeno, o da pirataria.
Quais eram os filmes mais procurados? Os pornográficos e os de comédia. “«A comédia é o género mais procurado, mas os filmes para adultos, como são mais baratos e são alugados durante mais tempo acabam por ser os mais rentáveis”, explicava Tiago Moreira.