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Análise

Responsabilidade, independência e fim dos foguetes

Tudo evolui e há tradições que têm de passar para o campo das lembranças

‘Depois da tempestade vem a bonança’, diz o povo na sua reconhecida sabedoria. Os fogos encontram-se extintos, mas há muito por explicar e a culpa, a existir, não pode morrer solteira. Como em tudo na vida terá de haver consequências por decisões tomadas que terão ou não influenciado o curso e a propagação do fogo. Há muito trabalho a fazer pela comissão técnica independente promovida pelo CDS, que tem de receber luz verde do parlamento. Só um mecanismo de averiguação livre e independente garantirá sucesso nas conclusões. Não basta a versão oficial das autoridades regionais em audições parlamentares ou comissões de inquérito onde, obviamente, vão defender a sua ‘dama’ até à morte, reafirmando que todas as decisões tomadas durante os incêndios foram correctas, oportunas e proporcionais. O rasto de destruição deixado por uns longos 13 dias de queima da floresta tem de ser cabalmente escrutinado, doa a quem doer. E os responsáveis políticos, como pessoas de bem que são, terão de assumir responsabilidades e actuar em conformidade. É assim que funciona em democracia. Chega de palpites, de sobrancerias, de tentar desviar o essencial por ser incómodo e de promoção pessoal em cima da desgraça. É hora de deixar os especialistas independentes trabalharem e da polícia investigar. Houve ou não fogo posto? O que se sabe é que tudo começou com o lançamento de um foguete autorizado na Serra de Água. Já há, pelo menos um arguido constituído, como o DIÁRIO noticiou na passada quinta-feira e a Polícia Judiciária confirmou no dia a seguir. Nada indicia até agora a existência de fogo posto.

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