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UE apresenta condolências à família e amigos de Navalny no dia do funeral

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O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) apresentou hoje condolências à família e amigos do opositor russo Alexei Navalny, que morreu numa prisão do Ártico e foi sepultado hoje no cemitério em Moscovo.

"A União Europeia apresenta as suas condolências à família e aos amigos de Alexei Navalny no momento em que este é sepultado", indicou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

O responsável precisou que, na cerimónia em Moscovo, "o embaixador da UE e outros diplomatas estão a prestar-lhe homenagem".

"As convicções de Navalny não desaparecerão -- as ideias não podem ser torturadas, envenenadas ou mortas. Ele continua a ser uma inspiração para muitos na Rússia e não só", adiantou Josep Borrell no X.

O opositor russo Alexei Navalny, cuja morte foi anunciada a 16 de fevereiro pelas autoridades prisionais russas, foi sepultado hoje no cemitério de Borissovo, em Moscovo, rodeado de familiares e amigos.

"O caixão foi baixado à terra", anunciou nas redes sociais Ivan Jdanov, um dos colaboradores mais próximos do líder da oposição, citado pela agência francesa AFP.

"Adeus, meu amigo", acrescentou.

A multidão reunida perto do cemitério gritou "Não à guerra!" em protesto contra o ataque russo à Ucrânia, que começou há mais de dois anos, noticiou a AFP.

Os apoiantes de Navalny gritaram "Ele não tinha medo e nós não temos medo", apesar da grande presença policial na zona.

"Não vamos perdoar", gritaram também.

Crítico declarado do regime do Presidente Vladimir Putin e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias ainda pouco claras.

Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada e a certidão de óbito menciona causa natural.

Os seus associados, a viúva Yulia Navalnaia e muitos líderes ocidentais acusaram o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela morte de Navalny.

A presidência russa negou tais acusações.