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Madeira

"Se houver concorrência não há problema"

Miguel Albuquerque apresentou, há instantes, a sua lista às eleições internas do PSD-Madeira

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Foto Helder Santos/ASPRESS

Miguel Albuquerque apresentou esta tarde, na sede do PSD-Madeira, a sua lista às eleições internas do partido, que vão realizar-se a 21 de Março. Na ocasião, questionado pelos jornalistas, afirmou que se existir concorrência "não há nenhum problema". 

"Nós somos um partido democrático e este processo foi desencadeado exactamente para haver uma clarificação no partido e um reforço da legitimidade da nova direcção face aos desafios que temos pela frente", afirmou. 

Sobre o possível avanço da candidatura do ex-secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António, à liderança do PSD-M, Albuquerque diz que se tiver de acontecer, também, "não há problema". 

Se tiver de acontecer não tenho nenhum problema porque nós nestas eleições não somos inimigos. Podemos, momentaneamente, ser adversários políticos dentro do partido. Este é um processo eleitoral que foi desencadeado numa altura muito crítica, estamos com eleições nacionais e depois do dia 24 temos de ver o que vai passar. Isto exige, na verdade, muita responsabilidade, das candidaturas no sentido de não acentuar clivagens. Miguel Albuquerque.

Esclarece que "não somos todos iguais, temos projectos eventualmente diferentes", demonstrando-se disponível para um possível debate frente a frente.

Interrogado pela comunicação social sobre a falta, até ao momento de apresentações de candidaturas, o presidente demissionário do Governo Regional refere: "Eu não sei, eu estou disponível. Eu apresento a minha candidatura, eu sei e tenho a determinação para o fazer nestas presentes circunstâncias. Eu dou a cara pelos projectos que acredito, mas cabe aos militantes, neste momento, decidir o que querem para o futuro".

Questionado sobre o possível facto de duas candidaturas gerar clima de medo no PSD, responde: "Medo? Medo de quem?".

Nós tivemos eleições internas em 2014 com cinco ou seis candidaturas, houve debates, tudo correu normalmente. Não vale a pena fazer dramas, é uma eleição normal. Nós somos um partido democrático, onde as pessoas são livres, portanto não há nenhum problema. Miguel Albuquerque

Relativamente às questões que o movem nesta nova candidatura elucida que é necessário prosseguir com "o processo governativo na Madeira".

A lista de Miguel Albuquerque, tal como noticiado na edição impressa do DIÁRIO desta quarta-feira, inclui os candidatos à Comissão Política e o Secretariado. Sobre os critérios que levaram aos nomes na lista, diz que foram definidos face à sua avaliação "política da situação".

A concluir, exprime que mesmo estando há 30 anos na vida política ainda tem 'mais para dar': "Se não tivesse já me tinha ido embora. Se achasse o contrário, eu não sou hipócrita, eu não faço fretes, como se costuma dizer. Se acharem que eu estou a mais na vida política põem-me na rua, não tenho nenhum problema. Eu estou sujeito aos votos do partido - se não quiserem põem-me na rua - e vou estar sujeito, se for caso disso, aos votos dos madeirenses e porto-santenses".