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Madeira

Apenas 4% das casas à venda na Madeira custam menos de 150.000 euros

De acordo com o Idealista, cinco em cada 6 casas à venda em Portugal custa mais de 150.000 euros

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Se a média nacional de casas - anunciadas no idealista durante o 4.º trimestre de 2023 - à venda em Portugal com preço inferior a 150.000 euros é de aproximadamente 15%, de acordo com um estudo publicado pelo portal imobiliário, tanto a Madeira como o Porto Santo têm um percentual quatro vezes inferior, ou seja apenas 4% têm preços abaixo dessa fasquia. Só Faro fica abaixo (3%) e mesmo Lisboa tem maior percentagem (5%).

"A maioria das casas à venda anunciadas por menos de 150.000 euros neste período eram moradias (62%), sendo que apenas 38% correspondiam a apartamentos", realça. "Quanto à tipologia das casas, a mais expressiva são os T2 (38%), seguida pelos T3 (30%), T1 (16%), T4 ou mais (12%) e, por último, estúdios (4%)", isto a nível nacional.

A nível regional, 6% das casas à venda eram 'estúdios' (ou T0), 18% eram T1, 44% eram T2, 24% eram T3 e 8% eram T4 ou mais. No Porto Santo, nenhum era 'estúdio' ou T4 ou mais, sendo as ofertas divididas em 40% para T1 e 40% para T2 e 20% para T3.

Peso da habitação por menos de 150.000 euros em cada distrito

"A heterogeneidade do mercado imobiliário português origina uma grande variação no peso da habitação com um preço inferior a 150.000 euros, dependendo dos distritos e ilhas analisados", refere o Idealista.

"Nos mercados mais dinâmicos – junto aos grandes centros urbanos -, a presença de habitação abaixo desse preço é diminuta, como é o caso de Faro, onde apenas 3% das casas à venda tinham um preço inferior a 150 mil euros. Segue-se a ilha da Madeira (4%), ilha de Porto Santo (4%), e os distritos de Lisboa (5%) e do Porto (7%)", salienta.

"No extremo oposto estão os distritos e ilhas que, por norma, têm casas à venda mais baratas, como é o caso da Guarda, onde 75% da oferta tem preços inferiores a 150 mil euros. Logo a seguir está Portalegre (74%), Bragança (61%), Castelo Branco (61%), Beja (60%), ilha Graciosa (60%), ilha das Flores (55%), ilha de São Jorge (49%), Vila Real (49%), Viseu (48%), ilha de Santa Maria (45%), Évora (44%), Santarém (43%) e ilha Terceira (40%)", evidencia. "Com uma oferta intermédia de casas à venda por menos de 150 mil euros estão 9 distritos e ilhas, como Coimbra (39%), ilha do Faial (36%), ilha do Pico (30%), Viana do Castelo (26%), Leiria (24%), ilha de São Miguel (20%), Aveiro (18%), Braga (16%) e Setúbal (12%)".

Distribuição por quartos

O Idealista faz também o comparativo da oferta de habitação à venda por menos de 150.000 euros por quartos e aqui "os T2 são os mais frequentes na maioria dos distritos, à exceção de Viseu, Vila Real, Guarda, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Bragança, Portalegre e ilha das Flores, onde predominam os T3", aponta. "Setúbal é o distrito onde a predominância de casas com 2 quartos é maior, representando 58% da oferta abaixo dos 150.000 euros. Em seguida, vêm a ilha do Pico (54%), a ilha de São Jorge (47%), a ilha do Faial (47%) e Lisboa (45%). No Porto, a oferta de T2 representa 40% do total".

"Os estúdios são a oferta menos comum entre os imóveis por menos de 150.000 euros em quase todos os distritos. De facto, na ilha de Porto Santo, na ilha Graciosa e na ilha das Flores são praticamente inexistentes", garante. "Em Portalegre, Évora e Beja, apenas 1% da oferta por menos desse valor são estúdios. Em Faro (19%), Braga (10%), Lisboa (6%), na ilha da Madeira (6%) e no Porto (6%) é onde o peso dos estúdios é maior".

Segundo o Idealista, "os dados foram recolhidos e analisados pelo idealista/data, a proptech do idealista que fornece informações destinadas a um público profissional para facilitar a tomada de decisões estratégicas, tanto em Portugal, Espanha e Itália. O idealista/data utiliza todos os parâmetros da base de dados do idealista em cada país, bem como outras fontes de dados públicas e privadas, para oferecer serviços de avaliação, investimento, angariação e análise do mercado imobiliário", conclui.