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Polícia do Equador detém quase 8.700 pessoas contra crime organizado em 41 dias

O Presidente Daniel Noboa tem-se destacado no combate ao crime.  Foto Jonathan MIRANDA / Ecuadorian Presidency / AFP
O Presidente Daniel Noboa tem-se destacado no combate ao crime.  Foto Jonathan MIRANDA / Ecuadorian Presidency / AFP

Quase 8.700 pessoas foram detidas no Equador nos últimos 41 dias do "conflito armado interno" declarado pelo Presidente, Daniel Noboa, no início de janeiro, contra o crime organizado, depois de uma vaga de violência.

As autoridades equatorianas detiveram 8.694 pessoas, sendo que 241 foram descritas como suspeitas de "terrorismo", e apreendidas mais de 54 toneladas de drogas, indicou o mais recente relatório diário publicado no domingo pelo Governo do Equador.

Até agora, as forças de segurança do Equador realizaram mais de 107 mil operações conjuntas (mais de 2.600 por dia), 155 delas contra grupos de crime organizado, nas quais foram apreendidas quase 2.600 armas de fogo, mais de 12.400 explosivos e 176.600 balas.

Durante o estado de emergência, as forças policiais mataram oito pessoas que foram identificadas como terroristas, enquanto dois agentes da polícia foram também mortos.

O relatório acrescentou que 34 reclusos foram recapturados, dos quase 90 que fugiram das prisões do Equador, onde, no início do ano, ocorreram vários motins que fizeram cerca de 200 reféns entre guardas e funcionários prisionais.

Também no domingo, a polícia do Equador anunciou a apreensão de mais 109 mil gramas de cocaína, suficiente para produzir mais de um milhão de doses, e a detenção de quatro pessoas na cidade de Portoviejo, na província costeira de Manabí.

Em 09 de janeiro, homens armados invadiram a televisão pública TC, fizeram reféns jornalistas e funcionários, ao vivo, antes de a polícia conseguir intervir, libertar os reféns e deter 13 assaltantes.

Oito dias mais tarde, César Suarez, o procurador encarregado de investigar este ataque, foi morto a tiro, em pleno dia, no centro de Guayaquil (sudoeste).

O Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou o estado de emergência e declarou o país "em guerra interna" contra os gangues, qualificados de terroristas, colocando no terreno mais de 20 mil efetivos.

Rodeado pela Colômbia e pelo Peru, os dois maiores produtores mundiais de cocaína, os grupos de crime organizado tinham vindo a usar os portos do Equador para enviar toneladas de droga para a Europa e América do Norte.