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Madeira

Fim do ‘IVA Zero’ é “atentado contra as famílias”, diz o Chega

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O Chega-Madeira manifestou, hoje, a sua “imensa preocupação” com o fim do regime de ‘IVA Zero’. Não só porque “significa um aumento imediato nos orçamentos familiares”, mas também porque “pode abrir a porta a práticas possivelmente desonestas da parte dos agentes comerciais, especialmente grandes superfícies”, sustenta o presidente e líder da bancada parlamentar do partido na Assembleia Regional.

Após quase nove meses de isenção, o IVA voltou a ser cobrado em 46 de produtos alimentares. De imediato, a mudança determinou um aumento médio do cabaz alimentar de cerca de seis por cento, embora haja bens com subidas superiores à reposição do imposto, que chegam inclusive aos dois dígitos. Aliás, e segundo a opinião de certos economistas e analistas do mercado de consumíveis, existem muitos produtos cujo preço subiu acima do valor da reposição da taxa do IVA, como é o caso do esparguete, da manteiga e da curgete, assim como da dourada e do óleo alimentar, entre outros, que encareceram de forma significativa, agravando o seu custo para o cidadão.

Para Miguel Castro, citado em nota de imprensa, “o fim do ‘IVA Zero’, associado à inflação alta, agrava as despesas das famílias, que voltam a pagar mais por bens básicos, como são os bens alimentares”.

“Se a isto juntarmos a certeza de que teremos preços a subir muito mais do que a reposição do IVA, fruto de alguma desonestidade, então não é difícil de perceber que os cidadãos voltam a sentir de forma ainda mais pesada o terrível aumento no custo de vida que tem vindo a marcar os últimos anos”, enfatiza o presidente do Chega-Madeira.

Apesar de reconhecer “as dinâmicas internacionais que contribuíram para o agravamento da situação económica portuguesa”, Miguel Castro não isenta o governo da República de responsabilidades, sublinhando que o mesmo “poderia e deveria fazer mais e melhor pela população, seguindo o exemplo de outros países europeus, nomeadamente Espanha”.

Para dirigente regional do Chega, “o dever primeiro e principal de um governo é o de proteger os cidadãos, lutar pelos cidadãos e criar condições de justiça e dignidade para vida dos cidadãos. Por isso, o que se exigia do governo português era que seguisse o bom exemplo de Espanha, que prolongou o ‘IVA Zero’ durante mais um ano”.

“Um país mais rico que Portugal fez o que nós, por cá, não fizemos, mesmo tempo níveis de vida e poder de compra mais baixos. Isto diz muito das prioridades das pessoas que nos lideram, da visão distorcida que têm do país e da urgência que todos temos em substituí-las por quem verdadeiramente lute por nós e pelo nosso país”, conclui.