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Brasil condena ataque que provocou mais de 100 mortes em Kerman

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Foto EPA

O Governo brasileiro condenou o ataque com explosivos que resultou na morte de pelo menos 103 pessoas e deixou centenas de feridos nesta quarta-feira na cidade de Kerman, no Irão.

Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil frisou que o país condena as explosões ocorridas no Irão durante uma cerimónia alusiva ao quarto aniversário da morte do general Qassem Soleimani, ex-comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana.

"Ao expressar suas condolências aos familiares das vítimas e sua solidariedade ao povo e ao Governo da República Islâmica do Irão, o Brasil reitera seu mais firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo", destacou a diplomacia do país sul-americano.

Os meios de comunicação oficiais do Irão informaram que o ataque provocou pelo menos 103 mortos e que o Governo iraniano decretou um dia de luto nacional na quinta-feira.

A dupla explosão teve lugar perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo do general Soleimani, em Kerman, no sul do Irão.

Uma multidão compacta de representantes do regime e de pessoas anónimas tinha-se reunido no local para uma cerimónia comemorativa, segundo a agência francesa AFP.

As autoridades iranianas contabilizaram também 141 feridos.

O ataque foi descrito como um ato terrorista por Rahman Jalali, vice-governador da província de Kerman.

Não foi feita qualquer reivindicação imediata de responsabilidade.

Qassem Soleimani foi morto em janeiro de 2020, aos 62 anos, num ataque de um 'drone' (avião sem tripulação) norte-americano no Iraque.

Figura-chave do regime iraniano, era também uma das figuras públicas mais populares do país.

Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone entre os apoiantes da teocracia iraniana, segundo a agência norte-americana AP.