Eram quase 13 horas quando Miguel Albuquerque deixou a Quinta Vigia, através da sua viatura oficial.

O presidente do Governo Regional manteve-se em silêncio e a única palavra dirigida foi “até logo”, não sabendo-se por isso se ainda hoje vai falar aos jornalistas, mais concretamente no final da reunião da Comissão Política do PSD-Madeira que está agendada para as 17 horas.

Curiosamente, alguns minutos depois, também António Fontes abandonou a residência oficial do Governo Regional. Quanto a Jaime Filipe Ramos, com quem Miguel Albuquerque manteve uma reunião esta manhã, desconhece-se se ainda se mantém no interior da Quinta Vigia.

Em jogo está a saída do líder do executivo madeirense ou então a ‘queda’ do Governo, uma vez que na noite de ontem, o PAN lançou uma autêntica bomba na Madeira ao fazer saber, através de um comunicado enviado à comunicação social, que ou Miguel Albuquerque se demite ou rompe com o acordo firmado após as eleições regionais de 2024 e que permitiu ao PSD formar um executivo com maioria absoluta, em coligação com o CDS, na Assembleia Legislativa da Madeira.

O partido que suporta o Governo Regional na Assembleia também fez saber que poderá aceitar outra personalidade do PSD para liderar o executivo.

A par de Pedro Calado, um dos detidos na megaoperação de corrupção na Madeira, e de João Paulo Marques, Jaime Filipe Ramos foi quem representou o PSD, nas reuniões que antecederam o acordo com o PAN, realizadas no Hotel Savoy Palace, no dia 26 de Setembro de 2023.

Hoje assinala-se precisamente quatro meses desde que foi firmado o acordo de incidência parlamentar com o partido de Mónica Freitas, que supostamente tinha previsão de ser para quatro anos.