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Madeira

Aumento da dívida do Funchal "é natural" pois é "fruto do investimento"

Cristina Pedra atribui subida do passivo da CMF também à dívida à ARM, que não estava contabilizada em 2021

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A vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF) reagiu aos números do anuário financeiro dos munícipios, que dá conta do aumento do passivo da autarquia da capital madeirense em 9 milhões de euros, face a 2021, conforme niticia hoje o DIÁRIO.

É natural que haja um aumento da dívida da câmara fruto do investimento que tem sido feito e que tem sido bem descriminado. Mas também a taxa de financiamento de 2021 que está no orçamento, teria de ser corrigida com a dívida à ARM, que não estava contabilizada e que nós identificámos como sendo de 40 milhões de euros. Cristina Pedra, vice-presidente CMF

Dívida das câmaras sobe após 10 anos em queda

A notícia que faz a manchete de hoje do seu DIÁRIO destaca que a dívida das câmaras sobe após 10 anos em queda. O Funchal aumentou o passivo em mais de 9 milhões de euros face a 2021, ascendendo ao 14.º lugar do ‘ranking’ nacional. Já Santana foi o município da Região com o melhor desempenho financeiro. O Anuário Financeiro dos Municípios revela, também, que os 11 municípios madeirenses tinham, no final do ano passado, um somatório de dívidas na ordem dos 104 milhões de euros.

Cristina Pedra sublinhou que a dívida à ARM deveria estar registada nos anos anteriores. "Quando entrámos em 2021, pudemos este valor com toda a transparência e só isso faz aumentar o valor da dívida. Não é que tenha aumentado, mas sim que existia e não estava contabilizada", explicou.

"Além disso há um forte investimento que a câmara tem vindo a fazer, desde a ETAR, o bairro da Nazaré com a construção de fogos, um programa de asfaltagem, a vertente social e cultural, no ambiente investimos milhões no parque de máquinas", reforçou.

Reagindo à Confiança, que acusa o actual executivo de "cobrança recorde" aos munícipes do Funchal, Cristina Pedra contrapõe com "situação histórica da maior redução de sempre da carga fiscal municipal".

Entre outras medidas, a vice-presidente salientou os 20 milhões e quatrocentos mil euros de devolução progressiva do IRS aos munícipes (até 2025), "o que não acontecia no passado", bem como os seis milhões de euros que a autarquia deixou de receber ao eliminar a derrame de forma "a beneficiar as empresas e a actividade económica empresarial".